21 de dezembro de 2011

UFC (2006)

O nome do rei egípcio Amenófis IV (c.1377 a.C. - c.1358 a.C.) está ligado à reforma religiosa que substituiu o culto de Amon-Rá por Áton e determinou o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, essa reforma buscava:

a) limitar a riqueza e o poder político crescentes dos sacerdotes.

b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas pelos nomarcas.

c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos cultos antropomórficos.

d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos.

e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa.

UFSC (2006)

"Bagdá - O famoso tesouro de Nimrud, desaparecido há dois meses em Bagdá, foi encontrado em boas condições em um cofre no Banco Central do Iraque em Bagdá, submerso em água de esgoto, segundo informaram autoridades do exército norte-americano. Cerca de 50 itens, do Museu Nacional do Iraque, estavam desaparecidos desde os saques que seguiram à invasão de Bagdá pelas forças da coalizão anglo-americana.
Os tesouros de Nimrud datam de aproximadamente 900 a.C. e foram descobertos por arqueólogos iraquianos nos anos 80, em quatro túmulos reais na cidade de Nimrud, perto de Mosul, no norte do país. Os objetos, de ouro e pedras preciosas, foram encontrados no cofre do Banco Central, em Bagdá, dentro de um outro cofre, submerso pela água da rede de esgoto.
Os tesouros, um dos achados arqueológicos mais significativos do século 20, não eram expostos ao público desde a década de 90. Uma equipe de pesquisadores do Museu Britânico chegará na próxima semana a Bagdá para estudar como proteger os objetos." 

("O ESTADO DE S. PAULO". Versão eletrônica. São Paulo: 07 jun. 2003. Disponível em www.estadao.com.br.)
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S) em relação às sociedades que se desenvolveram naquela região na Antigüidade.

(01) A região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, onde hoje se localizam os territórios do Iraque, do Kweite (Kwait) e parte da Síria, era conhecida como Mesopotâmia.

(02) Na Mesopotâmia viveram diversos povos, entre os quais podemos destacar os sumérios, acádios, assírios e babilônios.

(04) A religião teve notável influência na vida dos povos da Mesopotâmia. Entre eles surgiu a crença em uma única divindade (monoteísmo).

(08) Os babilônios ergueram magníficas construções feitas com blocos de pedra, das quais são exemplos as pirâmides de Gisé.

(16) Os povos da Mesopotâmia, além da significativa contribuição no campo da Matemática, destacaram-se na Astronomia e entre eles surgiu um dos mais famosos códigos de leis da Antigüidade, o de Hamurábi.

(32) Muitos dos povos da Mesopotâmia possuíram governos autocráticos. Entre os caldeus surgiu o sistema democrático de governo.

SOMA (____)

PUC-PR (2006)

Numere a coluna 1 de acordo com a coluna 2:

COLUNA 1:

(1) Local em que viveu o patriarca bíblico Abraão.

(2) Mastabas e hipogeus, exemplos de arquitetura funerária.

(3) Ormuzd e Ariman - princípios do bem e do mal.

(4) Politeísmo, deuses com paixões e virtudes humanas.

(5) Sacrifícios humanos em culto a seus deuses, em especial a Moloc.

(6) Condução dos espíritos dos mortos em combate a Walhala, através das Valquírias.


COLUNA 2

(   ) Suméria, sul da Mesopotâmia.

(   ) Civilização grega.

(   ) Civilização fenícia.

(   ) Tribos germânicas.

(   ) Civilização persa.

(   ) Civilização egípcia.



A seqüência correta é:

a) 1; 4; 5; 6; 3; 2.

b) 4; 3; 6; 5; 2; 1.

c) 1; 4; 5; 3; 6; 2.

d) 2; 4; 1; 6; 5; 3. 

e) 3; 4; 6; 5; 1; 2.

PUC-PR (2006)

Algumas civilizações da Idade Antiga, embora brilhantes, não formaram estados unificados, ou seja, sempre foram politicamente fragmentadas, mostrando o predomínio periódico de algumas cidades. São exemplos desse enunciado as civilizações:

a) persa e egípcia.

b) romana e hebraica.

c) sumeriana e romana.

d) acadiana e persa.

e) grega e fenícia.

UFPE (2006)

Assinale Verdadeira (V) ou Falso (F)

Os hebreus construíram uma forte identidade cultural através da sua religião, desde os tempos das suas histórias mais remotas. Em certo período, observa-se uma maior preocupação com a ética e as críticas às desigualdades sociais, por parte dos profetas Oséias, Amós, Isaías e Miquéias. Estamos nos referindo:

(   ) ao período em que Moisés tinha grande liderança política, livrando os hebreus da dominação egípcia.

(   ) à época em que os hebreus estiveram dominados pelos caldeus e construíram o início do culto a Iavé.

(   ) ao período histórico em que a religião hebraica seguiu os rituais semelhantes aos da religião persa, cultuando o deus Mazda.

(   ) ao crescimento do significado político da religião, quando ela ajudou os imperadores hebreus a construírem seus impérios.

(   ) ao período em que Iavé tornou-se Deus de todos os homens, e a religião ganhou um conteúdo ético importante.

UFRGS (2006)

O atual Iraque abrigou territorialmente a maior parte da Antiga Mesopotâmia ("terra entre rios") berço de ricas civilizações. Entre essas civilizações encontram-se os sumerianos, os quais se caracterizavam por

a) apresentar uma comunidade constituída por clãs familiares independentes, onde a administração política descentralizada era exercida pelos patriarcas das aldeias.

b) constituir um império duradouro e unificado, imune, graças a suas defesas naturais e a seus grandes exércitos, aos perigos inerentes às migrações de sociedades nômades.

c) representar uma sociedade liderada pela oligarquia mercantil e pelos proprietários de navios, cujo poder e riqueza advinham sobretudo do comércio e do domínio dos mares do Oriente Médio.

d) provocar uma ruptura embrionária entre a dimensão divina e a dimensão humana da figura real, dado que o "Patesi" não era o seu próprio Deus, como no Egito, mas apenas seu representante.

e) formar um povo economicamente auto-suficiente, que não praticava relações comerciais com o exterior.

UFSM (2006)


Entre os tesouros encontrados no túmulo de Tutankhamon (faraó que reinou entre 1332 e 1322 a.C.), acha-se este baixo-relevo em ouro representando uma cena da vida privada da família real: a esposa do faraó esfregando óleo perfumado no corpo do marido. Dos artesãos e trabalhadores em geral que produziram o túmulo e suas riquezas, não se acharam vestígios. Sobre essas figuras anônimas, pode-se afirmar:

I. Eram cidadãos do Estado teocrático egípcio e, como tais, tinham direitos semelhantes aos dos seus reis e patrões.

II. Serviram aos soberanos egípcios e garantiram a sobrevivência dos valores deles por meio de obras artísticas.

III. Eram operários das obras funerárias dos reis e aristocratas e tinham seus direitos garantidos por severa legislação do Código de Hamurabi.

IV. Eram homens e mulheres que entregavam o trabalho e a vida para que a grandeza do Estado egípcio se perpetuasse no tempo.


Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas I e II.

c) apenas II e IV.

d) apenas III e IV.

e) I, II, III e IV.

UFPEL (2006)

No esquema a seguir, os algarismos I, II, III e IV correspondem às civilizações da Antiguidade.


Assinale a alternativa que denomina corretamente as civilizações indicadas, respectivamente, por I, II, III e IV.

a) Fenícia, Hebraica, Egípcia e Persa.

b) Egípcia, Fenícia, Persa e Hebraica.

c) Persa, Fenícia, Hebraica e Egípcia.

d) Egípcia, Persa, Fenícia e Hebraica.

e) Hebraica, Egípcia, Fenícia e Persa.

UFAL (2007)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS ARMAS

1. Desde suas origens os homens perceberam que não teriam condições de sobreviver somente com suas defesas naturais e que era necessário reunirem-se em pequenos grupos para, juntando as forças, se defenderem dos predadores, de outros homens e de outros grupos que pretendessem matá-los, tomar-lhes a habitação e os alimentos, ou que tentassem escravizá-los. Ou seja, desde a origem o homem já tinha a preocupação de defender-se e aos seus pertences.

2. Esse temor aumentava com a evolução do grupo, pois, para este, quanto mais se desenvolvia, acumulava conhecimentos e posses, maior era a possibilidade de sofrer ataques de grupos rivais, que tinham por objetivo tomarem para si tudo aquilo que pertencia àquele: os alimentos, as fêmeas para procriarem, a melhor caverna, a melhor localização em relação à caça e água. Surgiram dessa forma as primeiras necessidades do aperfeiçoamento dos meios de defesa do ser humano e do grupo social.

3. A necessidade de proteção e a tendência a agressões, próprias do homem, orientaram os esforços para o desenvolvimento e a fabricação de armas. A origem e a seqüência dos primeiros meios mecânicos usados nas armas podem apenas ser imaginados; com certeza surgiram na Pré-História. Provavelmente, o uso de um galho como prolongamento de mãos e braços para melhorar a eficácia e a potência de uma pedra arremessada com a mão foi o primeiro aperfeiçoamento introduzido no armamento. Quem sabe, logo após o homem percebeu que, se fosse lapidada em formas pontudas, cortantes e perfurantes, a pedra se tornaria mortal. Assim, as armas foram evoluindo, para muito depois virem a tornar-se facas, espadas, punhais etc. Paralelamente, os homens perceberam que, se conseguissem lançar um projétil com precisão, poderiam atacar a presa ou o inimigo sem se aproximar.

4. Surgiram assim arcos e flechas, bestas, bumerangues, etc. As lanças e os dardos, armas leves de arremesso, apareceram nos primórdios da civilização. A funda foi usada durante muitos e muitos séculos.

5. A evolução humana fazia-se vagarosamente, as necessidades eram maiores, e o conhecimento, restrito. Surgiu na pré-história o período caracterizado pelo uso generalizado de instrumentos metálicos. Seu início remonta a mais de 3000 a.C. O primeiro período em que se usaram os metais de forma sistemática foi o da idade do bronze, fase de desenvolvimento cultural humano imediatamente posterior ao neolítico, entre o quarto e o segundo milênios antes da era cristã.

6. A descoberta do metal - do ferro, após a idade do bronze - fez dele a principal matéria-prima para a fabricação de armas e utensílios: foi possível produzir espadas, lanças, pontas de flechas, etc., mais eficientes para a caça e a luta. Desenvolvendo-se os grupos primitivos, surge a função específica de defesa, concedida aos mais bravos e corajosos, e isso dá origem aos exércitos, que mantêm sua função até os dias de hoje.

7. A invenção da pólvora pelos chineses revolucionou as armas. Com a invenção da pólvora foi possível construir aparelhos que arremessassem objetos a distâncias maiores do que o faziam os aparelhos de energia mecânica, tais como as catapultas. Os canhões, que conseguiam lançar projéteis a distâncias antes inimagináveis, revolucionaram as batalhas e proporcionaram defesa e ataque muito mais eficientes, tanto para castelos como para embarcações (como tão bem ilustram os atuais filmes de época).

8. Dos canhões chegou-se às armas de uso individual, que podiam ser transportadas e manipuladas por um só homem, como os mosquetes. A partir daí, as armas de fogo passaram a equipar desde os soldados de grandes exércitos que defendiam nações até o pequeno agricultor que necessitasse defender a família e os bens.

9. As armas de hoje são complexas, de uma potência extraordinária (muitas das quais sequer conhecemos), decorrentes de uma evolução a passos largos, principalmente durante e após a segunda guerra mundial.

10. Atualmente, com o desenvolvimento da física nuclear, da engenharia química e biológica, dos mísseis, as armas adquiriram um poder de destruição nunca antes visto.

(Adaptado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Arma)


Desde suas origens os homens perceberam que além de armas era necessário desenvolver a agricultura.
Sobre o tema, considere o mapa histórico.



a) O mapa mostra uma região onde emergiram algumas civilizações do mundo antigo. Na Mesopotâmia e no Egito surgiram Impérios com base econômica na agricultura. Explique a importância do Estado e dos rios no desenvolvimento da agricultura, identificando características em comum dessas duas civilizações.

b) Cada vez mais a agricultura se organiza e se especializa para atender às demandas urbanas. Apresente três grandes mudanças da agricultura moderna.

UFPB (2007)

Uma das regiões de maiores conflitos civilizacionais, ao longo da História, é a do Oriente Médio. Na Antigüidade, parte dessa região foi ocupada pelo Império Babilônico. Embora a riqueza de sua civilização seja mal conhecida, a Babilônia povoa o imaginário social até os tempos contemporâneos, em diversas manifestações culturais, a exemplo da ópera "Nabucodonosor" (do compositor italiano Giuseppe Verdi) e de algumas músicas brasileiras atuais, como a apresentada a seguir.
"Suspenderam os Jardins da Babilônia
e eu para não ficar por baixo
Resolvi botar as asas para fora, porque
Quem não chora daqui, não mama dali [...]" (LEE, Marcucci; LEE, Rita. "Jardins da Babilônia", 1978. Disponível em: www.cliquemusic.com.br. Acesso em: 15 ago. 2006).
Sobre a civilização babilônica, é correto afirmar:

a) A configuração geográfica de planície, na Mesopotâmia, foi elemento favorável a invasões de numerosos povos, que conseguiram conviver em um Estado unificado, estável e duradouro.

b) A Babilônia foi fundada e tornou-se capital durante a primeira unificação política na região - o Primeiro Império Babilônico, quando cessaram as ondas migratórias na Mesopotâmia.

c) A desagregação do Primeiro Império Babilônico não mais permitiu outra unificação política na região, impedida pelos assírios, povo do norte da Mesopotâmia, ainda hoje remanescente no Iraque.

d) O esplendor da Babilônia ocorreu no Segundo Império, com a construção de grandes obras públicas: as muralhas da cidade, os palácios, a Torre de Babel e os Jardins Suspensos.

e) A cultura babilônica, como a dos povos mesopotâmicos, em geral, apresentou um grande desenvolvimento da astronomia, da medicina e da matemática, que se separaram, respectivamente, da astrologia, da magia e da mística dos números.

UFSM (2006)

"Bernardo conversa em rã como quem conversa em Aramaico. Pelos insetos que usa ele sabe o nome das chuvas." 
("O guardador de águas", de Manoel de Barros.)

Bernardo, a personagem de "O guardador de águas", vive num território pantanoso (provavelmente no Mato Grosso do Sul), como a região entre os rios Tigre e Eufrates, berço da civilização sumeriana.

Aproximando os dois ambientes naturais, analise as seguintes afirmações:

I. Nesse espaço geográfico, as sociedades se organizam a partir do ciclo das águas, e o tempo das cheias marca a vida econômica.

II. Na antiga Mesopotâmia, o controle das cheias foi fundamental para o desenvolvimento da agricultura e das cidades-estados.

III. A paisagem aquática serve para elaborações poéticas, como evidenciam a lenda do Dilúvio, na antiga Mesopotâmia, e a poesia de Manoel de Barros, na cultura mato-grossense.

IV. Na região do Pantanal, os fazendeiros se ajustaram às cheias e desenvolveram uma pecuária semi-extensiva, semelhante à da Campanha Gaúcha.


Está(ão) correta(s)

a) apenas I.

b) apenas II.

c) apenas I, II e III.

d) apenas III e IV.

e) I, II, III e IV.

UNESP 2a. Fase (2007)

Um dos mais antigos registros escritos conhecidos surgiu no Egito. A região foi também berço do Estado e da diferenciação social. Escrever requeria anos de aprendizado e apenas alguns poucos, como os escribas, dedicavam-se a essa tarefa. Nos dias atuais, o conceito de analfabetismo mudou. A Unesco adota a noção de analfabeto funcional: pessoa capaz de escrever e de ler frases simples, mas que não consegue usar informações escritas para satisfazer suas necessidades diárias e para desenvolver seu conhecimento. 
Explique para que servia a escrita no Egito antigo e relacione o conceito contemporâneo de analfabetismo com a idéia de exclusão social.

PUC-PR (2008)

O Império Babilônico dominou diferentes povos como os sumérios, os acádios e os assírios. Para governar povos tão diferentes, o rei Hamurábi organizou o primeiro código de leis escritas, o Código de Hamurábi.

- Se um homem acusou outro de assassinato mas não puder comprovar, então o acusador será morto.

- Se um homem ajudou a apagar o incêndio da casa de outro e aproveitou para pegar um objeto do dono da casa, este homem será lançado ao fogo.

- Se um homem cegou o olho de outro homem, o seu próprio será cegado. Mas se foi olho de um escravo, pagará metade do valor desse escravo.

- Se um escravo bateu na face de um homem livre, cortarão a sua orelha.

- Se um médico tratou com faca de metal a ferida grave de um homem e lhe causou a morte ou lhe inutilizou o olho, as suas mãos serão cortadas. Se a vítima for um escravo, o médico dará um escravo por escravo.

- Se uma mulher tomou aversão a seu marido e não quiser mais dormir com ele, seu caso será examinado em seu distrito. Se ela se guarda e não tem falta e o seu marido sai com outras mulheres e despreza sua esposa, ela tomará seu dote de volta e irá para a casa do seu pai.


Assinale a alternativa correta:

a) As leis aplicavam-se somente aos homens livres e que possuíssem propriedades.

b) Estabeleceu o princípio que todos eram iguais perante a lei e por isso um escravo teria os mesmos direitos que um homem livre.

c) O Código de Hamurábi representava os ideais democráticos do Império Babilônico.

d) O código tinha como princípio a "pena de talião" resumida na expressão "olho por olho, dente por dente".

e) O Código considerava a mulher propriedade do homem e sem direitos.

UFG (2008)

Observe a imagem:
Osíris

A pintura egípcia pode ser caracterizada como uma arte que

a) definiu os valores passageiros e transitórios como forma de representação privilegiada.

b) concebeu as imagens como modelo de conduta, utilizando-as em rituais profanos.

c) adornou os palácios como forma de representação pública do poder político.

d) valorizou a originalidade na criação artística como possibilidade de experimentação de novos estilos.

e) elegeu os valores eternos, presentes nos monumentos funerários, como objeto de representação.

UFC (2008)

"BRASÍLIA - Irritada com a versão de Hollywood para a guerra entre gregos e persas no filme '300 de Esparta', a Embaixada do Irã em Brasília divulgou uma nota nesta quarta-feira na qual acusa o filme, que tem no elenco o brasileiro Rodrigo Santoro fazendo o papel do rei persa Xerxes, de 'promover o conflito entre as civilizações'". (Jornal "O Globo" 04/04/2007)
Com base no texto acima e em seus conhecimentos, responda as questões que seguem.

a) Qual a ligação histórica entre os povos iraniano e persa?

b) Como ficaram conhecidas as guerras entre gregos e persas na Antigüidade?

c) Qual a motivação principal das guerras mencionadas no item anterior?

d) Cite dois motivos do conflito diplomático entre Irã e EUA nos dias de hoje.

UFSC (2008)

"Subitamente, entreabria-se o quadro sonoro para irromper o coro das lamentações. Acabavam no ar, lucíolas extintas, os derradeiros sons da harpa de David; perdia-se em ecos a derradeira antístrofe de Salomão; [...]. Clamavam as imprecações do dilúvio, os desesperos de Gomorra; flamejava no firmamento a espada do anjo de Senaqueribe; dialogavam em concerto tétrico as súplicas do Egito, os gemidos de Babilônia, as pedras condenadas de Jerusalém."
(POMPÉIA, Raul. O Ateneu. São Paulo: Ática, 1990. p. 37.)
Sobre os hebreus e os judeus, é CORRETO afirmar que:

(01) David foi considerado o primeiro patriarca hebreu.

(02) Senaqueribe foi o rei responsável pela retirada dos hebreus de Jerusalém para a Babilônia, fato este conhecido como Êxodo.

(04) no século XX, após a Segunda Guerra Mundial, com a criação do Estado de Israel pela ONU, os judeus voltaram a se reunir em um território.

(08) no primeiro milênio a.C., os hebreus foram retirados à força de Canaã pelos egípcios, que os levaram ao vale do rio Nilo e os fizeram escravos.

(16) o dilúvio, narrado no Antigo Testamento, provavelmente foi inspirado em um relato muito mais antigo, conhecido pelos sumérios.

(32) a construção do Templo de Jerusalém por Salomão foi um marco na centralização política dos hebreus durante o período monárquico.

(64) a religião dos hebreus não teve qualquer importância na construção da identidade daquele povo.

SOMA (_____)

UECE (2008)

Os sumérios foram os primeiros habitantes da Mesopotâmia. Eles se autodenominavam "as cabeças negras" e a região na qual habitavam denominavam de "terra de Sumer". Sobre este povo, assinale o correto.

a) Eram nômades, voltados para a guerra e a conquista de novos territórios. Ao contrário de outros povos, repudiavam o comércio, não possuíam uma cultura definida ou uma religião organizada, com um panteão e seu ritos.

b) Oriundos de diversos grupos étnicos, vindos do deserto da Síria, começaram a penetrar aos poucos nos territórios da região mesopotâmica em busca de terras agricultáveis. Eram conhecidos pela sua habilidade no comércio.

c) Eram sedentários. Agricultores, realizaram obras de irrigação e canalização dos rios. Construíram as primeiras cidades fortificadas que funcionaram como cidades-estados. Utilizavam técnicas de metalurgia e a escrita.

d) Eram, sobretudo, comerciantes e artesãos. Sem nenhuma aquisição cultural significativa. Fundaram um império unitário com um regime político único. Descendentes dos semitas, foram os primeiros a buscar uma religião monoteíta.

UECE (2008)

"A estada dos filhos de Israel no Egito durou quatrocentos e trinta anos. No mesmo dia que findavam os quatrocentos e trinta anos, os exércitos de Iahweh saíram do país do Egito".
(Ex. 12,40). 
Sobre o "exílio" dos hebreus no Egito, assinale o correto. 

a) Algumas tribos hebraicas deslocaram-se para a zona do delta do Rio Nilo, para fugir da grave carestia que assolou a Palestina em meados de 1.700 a.C.

b) O povo hebreu, após inúmeros combates e disputas, foi derrotado pelos egípcios e conduzido em regime de escravidão para a terra dos faraós.

c) Os hebreus se organizaram como mercenários e em atividades comerciais, ocupando as vias das caravanas no deserto, a serviço do faraó egípcio.

d) Quando os "hyksos" invadiram o Egito levaram consigo algumas tribos hebraicas e arregimentaram os homens como soldados mercenários em seus exércitos.

UFPI (2008)

Entre as principais características da Civilização Hebraica, merecem destaque especial:

a) A religião politeísta em que as figuras mitológicas de Abraão, Isaac e Jacó formavam uma tríade divina.

b) A criação de uma federação de cidades autônomas e independentes (cidades-estado) controladas por uma elite mercantil.

c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria incorporado e aperfeiçoado pelos egípcios, tornando-se conhecido como escrita hieroglífica.

d) As práticas religiosas caracterizadas pela crença na existência de um único Deus (monoteísmo) e no messianismo, pois acreditavam na vinda de um messias libertador do povo hebreu.

e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na agricultura, possibilitando grande crescimento da produtividade agrícola na região palestina.

UFC (2009)

Aos egípcios devemos uma herança rica em cultura, ciência e religiosidade: eram habilidosos cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e inventaram o sistema decimal e o ábaco.
Sobre os egípcios é correto afirmar também que:

a) Foram conhecidos pelas construções de navios, que os levaram a conquistar as rotas comerciais para o Ocidente, devido à sua posição geográfica, perto do mar Mediterrâneo.

b) Deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins práticos, e o demótico, uma forma simplificada e popular do hierático.

c) Praticaram o sacrifício humano como forma de obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território onde se desenvolveram ser desértico.

d) Fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi utilizada para designar objetos concretos e depois ganhou maior complexidade.

e) Usaram as pirâmides para fins práticos, como, por exemplo, a observação astronômica.

FUVEST 1a. Fase (2006)

Vegetius, escrevendo no século IV a. C., afirmava que os romanos eram menos numerosos que os gauleses, menores em tamanho que os germanos, mais fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto os africanos e inferiores aos gregos em inteligência criativa.
Obviamente Vegetius considerava os romanos, como guerreiros, superiores a todos os demais povos. Já para os historiadores, o fato de os romanos terem conseguido estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o maior já visto até então, deveu-se sobretudo

a) à inferioridade cultural dos adversários.

b) ao espírito cruzadista da religião cristã.

c) às condições geográficas favoráveis do Lácio.

d) à política, sábia, de dividir para imperar.

e) à superioridade econômica da Península itálica.

UFG (2006)

Leia o texto a seguir:


O texto oferece subsídios para a compreensão do processo de

a) fixação de colônias romanas nas regiões conquistadas.

b) cobrança dos tributos em escravos e em espécie para Roma.

c) expansão romana em direção ao Norte, no final do período republicano.

d) estabelecimento de alianças políticas de Roma com os povos vencidos.

e) fortalecimento do poder senatorial romano em relação ao poder imperial.

FGV (2006)

"Com a expansão do poder romano [sob a República], tornou-se enorme a diferença entre a pequena cidade nascida às margens do Tibre e a Roma todo-poderosa, agora senhora do Mediterrâneo. A economia, a política, a vida social e religiosa dos romanos passaram por profundas modificações."(José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História)
Entre as modificações que se pode identificar está

a) a prosperidade do conjunto da plebe, maior beneficiária da ampliação do mercado consumidor em função das províncias conquistadas.

b) a disseminação da pequena propriedade, com a distribuição da terra conquistada aos legionários, maiores responsáveis pela expansão.

c) a crescente influência cultural dos povos conquistados, em especial os gregos, alterando as práticas religiosas romanas.

d) o enrijecimento moral de toda a sociedade, que passou a não mais tolerar as bacanais - festas em honra ao deus Baco.

e) a criação e consolidação do colonato como base da economia romana e sua disseminação pelas margens do mar Mediterrâneo.

UNIFESP (2006)

"Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram-nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio." (Egito romano, em 332 d.C.)

"(...) os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e castigados."(Valentiniano, em 371 d.C.)
Os textos mostram a

a) capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os escravos em colonos presos à terra.

b) luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.

c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em unidades menores e com trabalho servil.

d) permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número mínimo de camponeses soldados.

e) impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo.

UEL (2006)

Varrão, escritor romano do período republicano (116-27 a.C.), em seu "Rerum Rusticarum" (Da Coisa Rústica), descrevia aos seus contemporâneos como deveriam tratar os escravos: 
"Você não deve deixar seus escravos muito deprimidos ou animados. Não deixe os capatazes usarem os chicotes, se conseguirem o mesmo resultado com encorajamento. Não compre muitos escravos do mesmo país, pois eles conversam entre si. Se você os tratar bem, lhes der alimentos e roupas extras e permissão para seus animais pastarem no seu terreno - eles trabalharão melhor".
(RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento: imagem e texto. 2. ed. São Paulo: FTD, 2002. p. 235.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravidão romana, considere as afirmativas a seguir.

I. Varrão propõe abrir mão da violência no tratamento dos escravos visando a obter um rendimento maior de seu trabalho.

II. Varrão procura demonstrar a inviabilidade da compra de escravos de um mesmo país, posto que propiciaria a realização de processos comunicativos e possíveis revoltas.

III. Os capatazes romanos, na visão de Varrão, deveriam usar estratégias sutis de repressão para obter um trabalho consentido.

IV. Varrão compartilha das idéias de Columela, autor da época que apregoa a redução dos custos do trabalho escravo para obtenção de maior produtividade.


Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

UFRGS (2006)

Por cerca de cinco séculos, a Roma antiga reinou sobre uma imensa formação imperial. Em relação aos elementos constitutivos desse Império, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir.

(  ) O sistema econômico imperial repousava sobretudo na exploração de tributos impostos ao mundo conquistado (as províncias) em proveito dos conquistadores romanos.

(  ) O uso do latim na administração e no Exército fez dessa língua o instrumento oficial de comunicação na parte ocidental do Império.

(  ) A crise final do Império esteve ligada ao aumento excessivo do trabalho escravo, que arruinou os pequenos proprietários rurais e os camponeses pobres.

(  ) O Édito de Caracala concedeu a cidadania a todos os homens livres do Império.

(  ) Em nome da "Pax Romana", os estrangeiros era rigorosamente proibidos de entrar na capital do Império.


A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é

a) F - F - V - V - V.

b) V - V - F - F - F.

c) V - V - F - V - F.

d) V - F - V - F - V.

e) F - F - V - F - V.

UEG (2006)

O estudo da Antiguidade Oriental e Clássica serve, entre outras coisas, como fonte de conteúdos retóricos argumentativos para a sociedade moderna. Desse modo, expressões surgidas ou referenciadas naquele contexto são constantemente utilizadas no presente. Sobre esse assunto, considere a validade das proposições a seguir.

I. A expressão "obras faraônicas", significando modernamente construções grandiosas e de utilidade social duvidosa, originou-se da constatação correta de que as grandes pirâmides do Egito Antigo tinham como única função servirem como obras estético-decorativas.

II. A expressão "vitória de Pirro" surgiu da afirmação de Pirro, rei de Épiro, que, após vencer os romanos em uma das batalhas das Guerras Púnicas, afirmou: "com mais uma vitória desta, estou perdido". Modernamente, a frase expressa uma conquista em que as perdas do vencedor são tão grandes como as do perdedor.

III. A expressão "presente de grego", modernamente significando um presente dado com má intenção, surgiu do relato da "Ilíada" de um episódio da Guerra de Tróia, no qual os gregos "presentearam" os troianos com um gigantesco cavalo de madeira, em cujo interior havia soldados escondidos, que conquistaram a cidade.


Assinale a alternativa CORRETA:

a) As proposições I e II são verdadeiras.

b) As proposições I e III são verdadeiras.

c) As proposições II e III são verdadeiras.

d) Todas as proposições são verdadeiras.

PUC-SP (2006)

"Já no século XIV a.C., os fenícios, excelentes marinheiros, detinham o monopólio do comércio de especiarias no Mediterrâneo, a tal ponto que elas foram chamadas de 'mercadorias fenícias'. (...) as especiarias partiram para Roma provenientes do Egito, no início do século II a.C. (...). A cozinha medieval usava carnes em excesso, e tanto para conservá-las como para dissimular seu gosto, quando em princípio de decomposição, apelava obrigatoriamente para as especiarias (...). Os cruzados apaixonaram-se pelas especiarias por volta do século XI, quando chegaram à Terra Santa (...)."(Adaptado de Fernanda de Camargo-Moro. Veneza; O encontro do Oriente com o Ocidente. Rio de Janeiro: Record, 2003, p. 37, 39, 49, 53.)
A partir do texto, é possível dizer que as especiarias

a) revelam as diferenças de gosto entre Ocidente e Oriente e as barreiras insuperáveis para a comunicação entre as duas culturas.

b) vinham do Oriente e, independentemente de quem as comercializou a cada época, representavam um atrativo para os ocidentais.

c) foram inicialmente aproveitadas na Fenícia e, no mesmo século, passaram a ser utilizadas no Egito e em Roma.

d) entraram em Roma após o declínio do Império provocado pela invasão e dominação egípcia.

e) são naturais da Terra Santa, o que sempre provocou a adoração dos povos antigos, independentemente da religião.

UFJF (2006)

Sobre a organização político-social de Roma no final do período republicano (II e III a.C.), assinale a alternativa CORRETA:

a) A atuação dos Tribunos da Plebe, como Tibério e Caio Graco, criou uma estrutura fundiária baseada em pequenos lotes ocupados pela população de baixa renda e levou ao fim dos latifúndios em Roma.

b) O direito à cidadania foi estendido a todos os habitantes que vivessem em qualquer região que tivesse sido conquistada por Roma.

c) O regime democrático atingiu seu apogeu com a maior participação, através de eleições, de toda a população livre concentrada nos grandes centros urbanos.

d) O poder político do Senado, no que se refere aos assuntos internos administrativos, foi transferido para a Assembléia dos Plebeus, conduzindo a um longo período de paz.

e) Houve o aumento do número de prisioneiros de guerra convertidos em escravos, utilizados como mão-de-obra na economia romana.

UFAL (2006)

A questão consiste em 5 (cinco) alternativas, das quais algumas são verdadeiras e outras, falsas, podendo ocorrer que todas as alternativas sejam verdadeiras ou que todas sejam falsas. Assinale-as.

Reflita sobre o texto.
"Não se pode estabelecer uma disputa entre a contribuição da Grécia e de Roma para a civilização. Não se pode separar Grécia e Roma a fim de medir, isoladamente, as contribuições. Todo o desenvolvimento grego fluiu para Roma - o helênico tanto quanto o helenístico - mas particularmente o último; e o legado de Roma para o futuro é toda a herança do passado - toda a síntese da civilização greco-romana."(Ernest Baker. In: Cadernos MEC. História Geral I. Rio de Janeiro, 1971. p. 120) 
Muitos aspectos culturais das civilizações da antiguidade clássica permanecem nas atuais sociedades ocidentais. Para compreender o significado dessa herança cultural, analise o texto procurando estabelecer as relações entre essas duas civilizações.

(   ) A religião romana era essencialmente politeísta e, após a conquista da Grécia, os deuses romanos iam-se assemelhando aos deuses gregos.

(   ) No campo jurídico, os romanos foram pouco criativos, pois o seu Código de Leis era uma cópia fiel da famosa Lei das Doze Tábuas dos gregos.

(   ) O teatro, por ser uma criação helênica, foi rejeitado pelos romanos, faltando-lhes a emoção própria dos guerreiros para as encenações.

(   ) A cultura romana herdou vários traços da cultura grega, mas foi incorporando outros valores culturais à medida em que expandia as fronteiras do Império.

(    ) Os romanos souberam absorver as contribuições da democracia grega e aplicaram essas práticas sobretudo durante o apogeu do Império.

UFES (2006)

"O oficial romano Orestes, tendo tomado o comando do exército, partiu de Roma ao encontro dos inimigos e chegou a Ravena, onde parou para fazer imperador seu filho, Rômulo Augusto. [...] Porém, pouco depois de Rômulo Augusto ter sido estabelecido imperador em Ravena por seu pai, Odoacro, rei dos turcilingos, tendo consigo ciros, hérulos e auxiliares de diversas tribos, ocupou a Itália. Orestes foi morto e seu filho, Rômulo Augusto, expulso do reino e condenado à pena de exílio no Castelo Luculano, na Campânia. Assim, o Império do Ocidente do povo romano, que o primeiro dos augustos - Otaviano Augusto - tinha começado a dirigir no ano 709 da fundação da cidade de Roma, pereceu com Rômulo Augusto no ano 522 do reinado dos seus antecessores imperadores. Desde aí, Roma e a Itália foram governadas pelos reis dos godos."(Jordanes, in: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. São Paulo: Editora Unesp, 2000, p. 39-40. Adaptado.)
O texto anterior, escrito por Jordanes, um autor do século VI d.C., nos informa sobre os acontecimentos políticos que marcaram o início e o fim do Império Romano do Ocidente: a ascensão de Otávio Augusto ao poder e a deposição de Rômulo Augusto por Odoacro, no contexto das invasões bárbaras. Tendo em vista essas considerações, explique

a) a importância da atuação política de Otávio Augusto para a criação do Império Romano.

b) dois fatores que contribuíram para a desagregação do Império Romano do Ocidente.

UFPR (2006)

Os dois trechos a seguir referem-se a momentos distintos de expansão e imperialismo: o primeiro diz respeito à Antigüidade Clássica, quando Roma havia conquistado uma grande quantidade de territórios, e o segundo se refere ao domínio que a Europa exerceu sobre o mundo no final do século XIX. Compare essas duas formas distintas de imperialismo.

"Os conquistados recebiam um tratamento muito diversificado, segundo sua posição em relação ao poder romano. Os que se aliassem, recebiam direitos totais ou parciais de cidadania, enquanto os derrotados que não cedessem eram subjugados, muitos vendidos como escravos, outros eram submetidos a tratados muito desiguais e que davam ao Estado romano grandes rendas na forma de impostos e tributos. Roma, surgida de uma união de povos, sabia conviver com as diferenças (...)." 
(FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 86.)

"A dominação política e industrial que a Europa exerceu sobre o mundo no final do século XIX e a teoria do progresso foram a reivindicação dos europeus como portadores de um direito moral para liderar outros ramos da humanidade. Muitos vitorianos tardios influentes reivindicaram que sua sociedade estava no auge do desenvolvimento social, com todos os estágios 'anteriores' da humanidade colocados em uma progressão linear em direção a este estado ideal." (HINGLEY, Richard. "Concepções de Roma - uma perspectiva inglesa." In: FUNARI, Pedro Paulo. Repensando o mundo antigo. Textos didáticos n. 47, IFCH/Unicamp, 2002.)

UFSCAR (2006)

Considere os acontecimentos da história romana.

I. Construção da Muralha de Adriano.

II. Início da República Romana.

III. Revolta dos escravos liderada por Espártaco.

IV. A cidadania romana é concedida a todos os habitantes do Império.

V. Primeira Guerra Púnica.


Esses acontecimentos, colocados na ordem cronológica correta, são:

a) I, II, III, IV e V.

b) III, IV, V, II e I.

c) II, V, III, I e IV.

d) V, IV, III, II e I.

e) II, I, IV, V e III.

UFC (2007)

Além do legado lingüístico, principal herança da difusão dos latinos, os romanos influenciaram as culturas da Europa em várias áreas, como o Direito, a Arquitetura, a Urbanização e a Agricultura. A respeito da expansão do Império Romano na Europa, é correto afirmar que os romanos:

a) dominaram partes da Europa Oriental, como a atual Romênia, com o objetivo de distribuir terras também para soldados pobres.

b) limitaram o seu domínio à Península Ibérica, pois na Europa Ocidental foram derrotados pela oposição gaulesa na atual França.

c) limitaram sua dominação aos países mediterrâneos da Europa, atuais Grécia, França e Espanha, porque queriam controlar a África do Norte.

d) dominaram também o norte da atual Alemanha, a Dinamarca e os outros países escandinavos, pois precisavam dos latifúndios dos germânicos.

e) chegaram a dominar grande parte da Europa Ocidental, mas também toda a parte européia da Rússia, porque queriam comercializar com a China.

PUC-PR (2007)

"Sob os teus olhos, Eneas dirigirá rude guerra, aniquilará tribos ferozes; dará aos seus guerreiros muralhas e leis. Depois dele, seu filho Ascânio (que se chamará também Júlio) deixará Lavínio para estabelecer o seu trono no rochedo de Alba, que ele cercará de sólidas muralhas. A sacerdotisa, de família real, cara a Marte, terá dois filhos gêmeos".
O texto de Virgílio trata da fundação mítica de:

a) Roma.

b) Esparta.

c) Atenas.

d) Constantinopla.

e) Cartago.

PUC-PR (2007)

Após a expansão no Mediterrâneo, a sociedade romana experimentou uma série de mudanças.

I - Com o enriquecimento geral da população, não houve mais necessidade de escravos.

II - Multiplicou-se o número de desocupados nas cidades, em virtude do aumento da mão-de-obra escrava.

III - A religião sofreu uma grande reforma face às influências monoteístas oriundas do Oriente, já no início do Império.

IV - Houve o enriquecimento da minoria patrícia, enquanto que a maioria plebéia empobreceu, aumentando o número de clientes.

V - A conquista do Oriente trouxe uma orientalização dos costumes e a tendência à divinização dos imperadores.


São afirmações corretas:

a) I, II e V.

b) I, III e IV.

c) I, III e V.

d) II, III e IV.

e) II, IV e V.

PUC-PR (2007)

As lutas por riquezas e territórios sempre estiveram presentes na História. Na Antigüidade, o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas por:

a) gregos e persas.

b) macedônicos e romanos.

c) romanos e germânicos.

d) romanos e cartagineses.

e) gregos e romanos.

FGV (2007)

"Para ganhar o favor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser generoso, fazer propaganda e levantar-lhes a esperança de um emprego no governo. (...) Talvez sua renda privada não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos podem ajudá-lo a agradar a plebe. (...) Faça com que os eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que se dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu, realmente, para a maior parte das pessoas." (Marco Túlio Cícero, "Notas sobre as eleições")
As práticas políticas na antiga Roma nos fazem refletir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.C.) revelam

a) a concessão de favores, por parte dos eleitores, para cativar os candidatos.

b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir seu apoio.

c) o desinteresse da população diante do poder econômico dos candidatos.

d) a existência de relações clientelistas entre eleitores e candidatos.

e) a pequena importância das relações pessoais para o sucesso nas eleições.

UEL (2007)

Leia o texto a seguir:
"A crise desencadeada na sociedade romana pela transformação acelerada das estruturas sociais ocorrida após a segunda guerra púnica atingiu em meados do século II a.C. uma fase em que se tornava inevitável a eclosão de conflitos declarados. A agudização das contradições no seio da organização social romana, por um lado e, por outro, as fraquezas cada vez mais evidentes do sistema de governo republicano tiveram como resultado uma súbita eclosão das lutas sociais e políticas."
(ALFOLDY, G. A História Social de Roma. Tradução de Maria do Carmo Cary. Lisboa: Editorial Presença, 1989, p. 81.) 
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. Na revolta dos escravos, as frentes estavam bem definidas, pois tratava-se principalmente de uma luta dos escravos rurais contra os seus senhores e contra o Estado romano, que protegia estes últimos. Este período iniciou-se com a primeira revolta de escravos na Sicília e terminou com a revolta de Espártaco.

II. As revoltas dos habitantes das províncias e dos itálicos podem ser consideradas movimentos de camadas sociais homogêneas. Os seus objetivos eram a luta pela libertação dos membros de uma camada social oprimida e não a libertação de comunidades, Estados ou povos outrora independentes da opressão do Estado romano.

III. Um dos conflitos mais significativos tinha lugar entre os cidadãos romanos, divididos em grupos, com objetivos opostos. O objetivo primeiro de uma das facções, a dos políticos reformistas, era resolver os problemas sociais do proletariado de Roma; a ela se opunha a resistência da oligarquia, igualmente numerosa.

IV. Nas últimas décadas da República, o objetivo primordial dos conflitos passou a ser a conquista do poder de Estado. A questão era saber se esse poder seria exercido por uma oligarquia ou por um único governante. A conseqüência última destes conflitos não foi a mudança da estrutura da sociedade romana, mas a alteração da forma de Estado por ela apoiada.


A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

20 de dezembro de 2011

UNESP 2a. Fase (2012)


Henfil. Diretas Já, 1984. Adaptado.

As duas charges foram publicadas em jornais brasileiros durante a década de 1980. Identifique as campanhas que elas apoiaram e caracterize o significado e os resultados dessas campanhas.

UNESP 2a. Fase (2012)

“Nunca houve um ano como 1968 e é improvável que volte a haver. Numa ocasião em que nações e culturas ainda eram separadas e muito diferentes — e, em 1968, Polônia, França, Estados Unidos e México eram muito mais diferentes um do outro do que são hoje — ocorreu uma combustão espontânea de espíritos rebeldes no mundo inteiro.”
(Mark Kurlansky. 1968 – O ano que abalou o mundo, 2005.)
Indique dois movimentos de “espíritos rebeldes” ocorridos em 1968 e identifique, em cada um deles, o caráter “espontâneo” mencionado no texto.

UNESP 2a. Fase (2012)

Noite após noite, quando tudo está tranquilo
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil!
Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes
As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).
(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”.

Justifique as duas interpretações acerca do movimento.

UNESP 2a. Fase (2012)

Albert Eckhout. Índia Tarairiu (tapuia), 1641.
O artista holandês Albert Eckhout (c.1610-c.1666) esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurício de Nassau. 
A tela foi pintada nesse período e pode ser considerada exemplar da forma como muitos viajantes europeus representaram os índios que aqui viviam.

Identifique e analise dois elementos da imagem que expressem esse “olhar europeu” sobre o Brasil.

13 de dezembro de 2011

UFC (2007)

O conflito entre dois setores importantes da sociedade romana, plebeus e patrícios, caracterizou a história da República romana desde os primórdios até o estabelecimento do Império. A partir dessa informação e de seus conhecimentos, responda às questões propostas.

a) Apresente três motivos de disputa entre esses dois grupos.

b) Diga se, e de que modo, as desigualdades políticas e sociais entre eles foram resolvidas total ou parcialmente.

UFG (2007)

"A Grécia conquistada conquistou seu selvagem vencedor e levou as artes aos rústicos latinos."
(In: VEYNE, Paul. L'Empire Gréco-Romain. Paris: Seuil, 2005. p. 11.)
Considerando o verso do poeta latino Horácio (65 a.C-8 a.C),

a) explique a relação paradoxal entre conquistador e conquistado;

b) caracterize dois campos em que a cultura grega se expressa no Império Romano.

UFPEL (2007)

"Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra."
(PLUTARCO DE QUERONÉIA, (50-125). In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 2003.)
O documento está associado à reforma agrária promovida pela(s)

a) Revolta de Espártaco.

b) Lei das Doze Tábuas.

c) Lei Canuléia.

d) Guerras Púnicas.

e) Leis dos Irmãos Graco.

UFSC (2007)

"ELEFANTES - Vendo. Para circo ou zoológico. Usados mas em bom estado. Já domados e com baixa do exército. Tratar com Aníbal." (p. 143)

"TORRO TUDO - E toco cítara. Tratar com Nero." (p.144)
(VERISSIMO, Luis Fernando. "O Classificado através da História". In: Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.)
Sobre Roma na Antigüidade, é CORRETO afirmar que:

(01) Aníbal foi um conhecido comandante de Cartago, que combateu os romanos durante as Guerras Púnicas.

(02) as Guerras Púnicas, que envolveram Cartago e Roma, aconteceram no contexto da expansão territorial romana.

(04) a expansão territorial acabou se revelando um fracasso. Isto pode ser percebido pela ausência de alterações nos hábitos da sociedade romana nos períodos que se sucederam.

(08) o domínio de Roma no Mediterrâneo favoreceu o fim da República e a ascensão do Império.

(16) Nero foi um governante de Roma conhecido pelo apoio que prestou aos cristãos, sendo responsável por elevar o Cristianismo a religião oficial do Império Romano.

(32) o período de governo de Nero é conhecido como um momento de decadência do Império Romano, cujos motivos estão, entre outros, nos graves problemas sociais causados pela existência de uma cidadania restrita e pelos abusos administrativos.

(64) a escravidão, embora presente, nunca foi economicamente relevante na sociedade romana.

SOMA (     )

UNIFESP (2007)

Em Roma antiga, e no Brasil colonial e monárquico, os escravos eram numerosos e empregados nas mais diversas atividades. Compare a escravidão nessas duas sociedades, mostrando suas

a) semelhanças.

b) diferenças.

UFSCAR (2007)

"Mare nostrum" é uma expressão atribuída aos romanos, que significa a apropriação europeia do Mediterrâneo. Sua origem remonta à Antiguidade, quando os romanos

a) conquistaram a Grécia.

b) dominaram o Egito.

c) venceram Cartago.

d) expandiram seu império pela Península Ibérica.

e) submeteram os povos germânicos.

UNICAMP (2007)

"Em Roma, no século XV, destruíram-se muitos e belos monumentos, sem que as autoridades ou os mecenas se lembrassem de os restaurar. No melhor período desse "regresso ao antigo", ocorrido durante o Renascimento italiano, não se restaura nenhuma ruína, e toda a gente continua a explorar templos, teatros e anfiteatros, como se fossem pedreiras." (Adaptado de Jacques Heers. Idade Média: uma impostura. Porto: Edições Asa. 1994, p. 111.)
a) Segundo o texto, quais foram as duas atitudes em relação à cidade de Roma no Renascimento?

b) Explique a importância da cidade de Roma na Antigüidade.

c) Por que o Renascimento italiano valorizou as cidades?

UFAL (2007)

Considere a ilustração.

Durante muitos séculos, os antigos romanos divertiram-se com a atuação dos gladiadores nos chamados espetáculos públicos, que utilizavam diferentes tipos de armas, permitidas pelas autoridades de Roma, como as que podem ser observadas na ilustração. Esses gladiadores eram recrutados, principalmente, entre

a) homens poderosos da plebe.

b) cidadãos da nobreza romana.

c) servos dos latifúndios estatais.

d) escravos das áreas dominadas.

e) heróis das conquistas romanas.

PUC-PR (2008)

"Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália, estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crianças". 
Estas são palavras de Tibério Graco, político romano do século II a.C. Nesse contexto da história de Roma, podemos afirmar que:

a) Roma encontrava-se num período de paz e prosperidade resultado da política da "Paz Romana" promovida pelo regime imperial.

b) Resultado das expansões territoriais, Roma tornou-se superpopulosa, apesar de rica acentuaram-se as diferenças sociais, de um lado uma aristocracia privilegiada que vivia em meio a festas e mordomias e por outro a maior parte da população vivia na mais absoluta miséria.

c) Esse é um período que coincide com a tentativa de estabelecimento de um regime democrático em Roma, por modelo e influência da política ateniense de Péricles.

d) Nessa época Roma enfrentava as dificuldades das Guerras Médicas em que disputava o território cartaginês com os persas. 

e) Nesse período a sociedade romana vivia uma situação de decadência da autoridade central e declínio das atividades comerciais, resultado principalmente da disseminação do cristianismo.

UEL 2008

Leia atentamente os textos:
"Arrio dizia 'rúbrica' em vez de rubricae por pudico 'púdico' dizia e achava que falava tão incrivelmenteque se podia 'púdico' dizia. Creio que assim a mãe, assim o tio liberto, assim o avô materno e a avó falavam. Foi à Hispânia e os ouvidos descansaram todos; as palavras soavam leves, lindas e tais palavras nunca mais ninguém temeu. Súbito chega a hórrida notícia: os iberos, depois que Arrio foi para lá, Iberos já não eram, eram 'Íberos'." (Gaius Valerius Catullus. Poema 84 (Texto do século I a.C.). Tradução poética de João Ângelo Oliva Neto. In: FUNARI, P.P.A. Antigüidade clássica: a história e a cultura a partir de documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995. p.1.)

"Mais ou menos na mesma época, o Senado discutiu o comportamento ofensivo dos ex-escravos. Houve uma argumentação geral no sentido de que os proprietários tivessem o direito de retirar a liberdade de ex-escravos que não a merecessem. [...] Nero duvidava sobre a decisão [...]. Há ex-escravos por toda parte. A maioria dos eleitores está formada por ex-escravos, como também ocorre com os assistentes dos magistrados, os auxiliares dos sacerdotes, a patrulha noturna e os bombeiros; a maioria dos eqüestres e muitos dos senadores são descendentes de ex-escravos [...]." (Publius Cornelius Tacitus. Anais (XIII, 26-7) (texto do século I d.C.). In: CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p.140-1.)
De acordo com os textos e com os conhecimentos sobre o tema é correto afirmar:

a) Iniciou-se neste período, de acordo com o édito de Nero, um processo de reformas no latim erudito, visando torná-lo mais acessível às classes populares em ascensão na sociedade romana, devido ao desenvolvimento comercial.

b) A ausência de transformações sociais em Roma fez com que o Senado desejasse retirar a liberdade de ex-escravos, pois estes, sendo tão numerosos, impediam o desenvolvimento comercial e fabril.

c) Embora os ex-escravos fossem motivo de chacota para muitos membros da elite romana, Nero deveria promover uma reforma política, ampliando os direitos econômicos das classes pobres que se agitavam em razão da escassez de gêneros alimentícios.

d) As transformações sociais expressas pela linguagem dos referidos autores demonstram que o latim perdeu a força unificadora do Império, dando lugar às línguas locais como o português, o espanhol, o italiano e o francês.

e) Processava-se uma ruptura na sociedade romana, pois os ex-escravos, motivo de zombaria das elites, com o passar do tempo tornaram-se numerosos, tendo ascendido até as mais elevadas categorias sociais.

UFPE (2008)

O crescimento do Império Romano contribuiu para aumentar suas dificuldades administrativas. O Direito teve uma importância fundamental na superação dessas dificuldades. Na história do Ocidente, o Direito Romano:

a) foi superado pelos ensinamentos trazidos pelos mestres bizantinos da Idade Média.

b) mantém um lugar de destaque nos estudos das normas sociais existentes na Antigüidade.

c) teve uma importância ilimitada ao mundo europeu medieval, sendo esquecido pelos modernos.

d) conseguiu firmar-se no mundo europeu, mas manteve-se desconhecidos nas culturas orientais.

e) está superado no mundo atual, não merecendo atenção dos estudos jurídicos contemporâneos.

FGV (2008)

Leia as afirmativas sobre a República Romana (509-27 a.C.).

I. Nos primeiros tempos da República, a sociedade era composta por apenas dois setores: os patrícios e os escravos.

II. Os escravos, pouco numerosos no início da República, cresceram numericamente com as guerras de conquista.

III. Entre as funções públicas em Roma, havia os cônsules, os pretores e os tribunos da plebe.

IV. Em 494 a.C., plebeus rebelados se retiram para o Monte Sagrado, ameaçando fundar outra cidade se não tivessem, entre outras reivindicações, o direito de eleger seus próprios magistrados.

V. Com o expansionismo romano e as suas conquistas territoriais, houve um grupo especialmente beneficiado: os plebeus, que passaram a vender trigo para os povos dominados.


São corretas as afirmativas

a) I, II e III, apenas.

b) II, III e IV, apenas.

c) II, III, IV e V, apenas.

d) III, IV e V, apenas.

e) I, II, III, IV, V.

UEL (2008)

"Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres e crianças. Os generais mentem aos soldados quando, na hora do combate, os exortam a defender contra o inimigo suas tumbas e seus lugares de culto, pois nenhum destes romanos possui nem altar de família, nem sepultura de ancestral. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra." (Plutarco, "Tibério Graco", IX, 4. In: PINSKY, J. 100 Textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 1991. p. 20.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar que a Lei da Reforma Agrária na Roma Antiga

a) proposta pelos irmãos Graco, Tibério e Caio, era uma tentativa de ganhar apoio popular para uma nova eleição de Tribunos da Plebe, pois pretendiam reeleger-se para aqueles cargos.

b) proposta por Tibério Graco, tinha como verdadeiro objetivo beneficiar os patrícios, ocupantes das terras públicas que haviam sido conquistadas com a expansão do Império.

c) tinha o objetivo de criar uma guerra civil, visto que seria a única forma de colocar os plebeus numa situação de igualdade com os patrícios, grandes latifundiários.

d) era vista pelos generais do exército romano como uma possibilidade de enriquecer, apropriando-se das terras conquistadas e, por isto, tinham um acordo com Tibério. 

e) foi proposta pelos irmãos Graco, que viam na distribuição de terras uma forma de superar a crise provocada pelas conquistas do período republicano, satisfazendo as necessidades de uma plebe numerosa e empobrecida.

UNIFESP (2008)

"Podemos dizer que antes as coisas do Mediterrâneo eram dispersas... mas como resultado das conquistas romanas é como se a história passasse a ter uma unidade orgânica, pois, as coisas da Itália e da África passaram a ser entretecidas com as coisas da Ásia e da Grécia e o resultado disso tudo aponta para um único fim."(Políbio, História, I.3.)
No texto, a conquista romana de todo o Mediterrâneo é

a) criticada, por impor aos povos uma única história, a ditada pelos vencedores.

b) desqualificada, por suprimir as independências políticas regionais.

c) defendida, por estabelecer uma única cultura, a do poder imperial.

d) exaltada, por integrar as histórias particulares em uma única história geral.

e) lamentada, por sufocar a autonomia e identidade das culturas.

UFPI (2008)

Sobre a queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.C. podemos afirmar que:

a) Ocorreu, após os conflitos entre Roma e os cartagineses, o que enfraqueceu as bases econômicas do Império.

b) Teve, no fortalecimento do cristianismo, a única motivação explícita.

c) Foi provocada pela conjugação de uma série de fatores, destacando-se a ascensão do cristianismo, as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações militares e a crise do sistema escravista.

d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única explicação possível.

e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a principal liderança político-militar a comandar os povos bárbaros na queda de Roma.

UEPG (2008)

A luta entre patrícios e plebeus engendrou um lento processo institucional que proporcionou a Roma as condições necessárias para conquistar a Itália e o Mediterrâneo. Sobre este processo, assinale o que for correto.

(01) Apenas uma das colônias gregas na península itálica, Talento, recusou a preponderância romana. Pirro comandou a resistência, mas suas vitórias não foram decisivas.

(02) As Guerras Púnicas, conflito entre Roma e Cartago, foram motivadas pela expansão dos persas no mundo mediterrâneo.

(04) A política expansionista de Roma apresentou inicialmente alguns objetivos básicos: a defesa frente a povos rivais e a obtenção de terras para agricultura e pastoreio, mas logo ela tornou-se uma fonte valiosa de riquezas, como metais preciosos e escravos.

(08) Após vencer Cartago, Roma instituiu a reforma agrária nas terras conquistadas.

(16) O fortalecimento do exército romano foi resultado de três fatores: o aumento da população romana, a expansão das conquistas e a experiência adquirida nas guerras.

SOMA (       )

PUC-PR (2009)

O pão faz parte da alimentação básica de vários povos ao longo da história. Os habitantes da Roma Antiga comiam, sobretudo, pão feito de trigo. Preocupado com as populações mais pobres de Roma, o legislador Caio Graco conseguiu a aprovação de uma lei que venderia o trigo mais barato para o povo pobre das regiões urbanas.
Essa lei ficou conhecida como:

a) Lei Canuleia.

b) Lei Agrária.

c) Lei Frumentária.

d) Lei do Colonato.

e) Lei Calpúrnia.

UEL (2009)

"Lucius Aurelius, liberto de Lucius César, Nicomedes, chamado Ceionius e Aelius; foi criado de quarto de Lucius César e preceptor do divino Verus imperador; foi distinguido pelo divino Antonino com o cavalo público e com o sacerdócio de Caenina, bem como com o pontificado menor; foi feito por este mesmo imperador procurador da pavimentação das ruas e prefeito dos veículos; foi encarregado pelo imperador Antonio Augusto e pelo divino Verus do abastecimento do exército e ganhou uma lança pura, um estandarte e uma coroa mural; procurador das contas municipais; está enterrado aqui com sua mulher Ceionia Laena".
(Inscrição Funerária. Roma. Século II d. C. In: CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p.138.)
É correto afirmar que o texto:

a) Representa o quotidiano de um aristocrata rural empobrecido e que se tornou funcionário público para sobreviver, indicando uma mobilidade social descendente, o que comprova a seletividade das castas militares na Roma Antiga.

b) Descreve as funções públicas que um homem livre pobre exerceu ao longo de sua vida, evidenciando que este se tornou rico e poderoso, o que comprova a dissolução das antigas castas da sociedade imperial.

c) Trata-se de um ex-escravo que deixou registrado em seu epitáfio o processo de ascensão econômica e política pelo qual passou ao longo de sua vida, o que comprova a existência de um processo de mobilidade social na Roma imperial.

d) Descreve o quotidiano de um nobre pertencente à aristocracia, cujas atividades durante a República eram a guerra e o comércio o que comprova a impermeabilidade dessa casta aos novos ricos vinculado às atividades agrícolas.

e) Representa o dia a dia de um homem pobre que, ao longo de sua vida, trabalhou como funcionário público, o que comprova a eficácia da mobilidade social na Roma republicana.

UNIFESP (2009)

"(...) não era a falta de mecanização [na Grécia e em Roma] que tornava indispensável o recurso à escravidão; ocorrera exatamente o contrário: a presença maciça da escravidão determinou a "estagnação tecnológica" greco-romana."(Aldo Schiavone. Uma história rompida: Roma antiga e ocidente moderno. São Paulo: Edusp, 2005.)
A escravidão na Grécia e na Roma antigas:

a) Baseava-se em características raciais dos trabalhadores.

b) Expandia-se nos períodos de conquistas e domínio de outros povos.

c) Dependia da tolerância e da passividade dos escravos.

d) Foi abolida nas cidades democráticas.

e) Restringia-se às atividades domésticas e urbanas.

ESPM (2006)

"O período compreendido entre os anos 461 e 429 a.C. é considerado a 'Idade de Ouro' de Atenas quando a cidade viveu o seu auge econômico, militar, político e cultural. Nesse período, Atenas foi governada por Péricles e tornou-se a cidade mais importante da Grécia, graças às reformas implantadas tanto no nível político, aperfeiçoando-se a democracia, quanto no cultural."(Cláudio Vicentino, "História Geral")
Entre as reformas políticas implantadas por Péricles podemos apontar:

a) O ostracismo, ou seja, o banimento por dez anos do indivíduo que pusesse em perigo a democracia ateniense.

b) A mistoforia, ou seja, a instituição de um misthoy ou remuneração para as funções e cargos públicos, o que possibilitou maior participação dos cidadãos.

c) A organização de um severo código de leis escritas que instituiu a prática do laconismo.

d) A abolição da escravidão por dívidas e a divisão da sociedade censitariamente para que a participação política fosse de acordo com a renda dos indivíduos.

e) A criação da Bulé ou Conselho dos Quatrocentos, da qual participavam elementos das quatro tribos em que estava dividida a Ática.

UNICAMP (2006)

"A característica mais notável da Grécia antiga, a razão profunda de todas as suas grandezas e de todas as suas fraquezas, é ter sido repartida numa infinidade de cidades que formavam um número correspondente de Estados. As condições geográficas da Grécia contribuíram fortemente para dar-lhe sua feição histórica. Recortada pelo embate entre a montanha e o mar, há uma fragmentação física e política das diferentes sociedades."(Adaptado de Gustave Glotz, A cidade grega. São Paulo: Difel, 1980, p. 1.)
a) Segundo o texto, qual a organização política mais relevante da Grécia antiga? Indique suas principais características.

b) Relacione a economia da Grécia antiga com as condições geográficas indicadas no texto.

UFAL (2006)

Assinale Verdadeiro ou Falso dentre as alternativas abaixo. Algumas são verdadeiras e outras, falsas, podendo ocorrer que todas as alternativas sejam verdadeiras ou que todas sejam falsas.

Reflita sobre o texto.
"Não se pode estabelecer uma disputa entre a contribuição da Grécia e de Roma para a civilização. Não se pode separar Grécia e Roma a fim de medir, isoladamente, as contribuições. Todo o desenvolvimento grego fluiu para Roma - o helênico tanto quanto o helenístico - mas particularmente o último; e o legado de Roma para o futuro é toda a herança do passado - toda a síntese da civilização greco-romana."(Ernest Baker. In: "Cadernos MEC. História geral I". Rio de Janeiro, 1971. p. 120)
Muitos aspectos culturais das civilizações da antiguidade clássica permanecem nas atuais sociedades ocidentais. Para compreender o significado dessa herança cultural, analise o texto procurando estabelecer as relações entre essas duas civilizações.

(     ) A religião romana era essencialmente politeísta e, após a conquista da Grécia, os deuses romanos iam-se assemelhando aos deuses gregos.

(      ) No campo jurídico, os romanos foram pouco criativos, pois o seu Código de Leis era uma cópia fiel da famosa Lei das Doze Tábuas dos gregos.

(      ) O teatro, por ser uma criação helênica, foi rejeitado pelos romanos, faltando-lhes a emoção própria dos guerreiros para as encenações.

(      ) A cultura romana herdou vários traços da cultura grega, mas foi incorporando outros valores culturais à medida em que expandia as fronteiras do Império.

(      ) Os romanos souberam absorver as contribuições da democracia grega e aplicaram essas práticas sobretudo durante o apogeu do Império.

UFAL (2006)


"Na tradição científica e racionalista que é a nossa, consideramos que a razão surgiu na Grécia há 2.500 anos. Alguns chegaram a pensar que o surgimento dessa razão marcou uma ruptura em todos os planos, uma ruptura total com o que existia antes, ou seja, para eles, o irracional. (...) Essa interpretação implica o advento de uma atitude mental que teria, de forma absolutamente decisiva, instaurado um caminho de pensamento totalmente novo. Um caminho característico do Ocidente e ao qual a ciência e a filosofia estão ligadas." (Jean-Pierre Vernant)
Neste texto, Vernant descreve a interpretação geralmente aceita de que a razão teria nascido na Grécia através de uma ruptura com o mito, realizada pelos primeiros filósofos. Exponha as principais diferenças entre as explicações da ordenação mundo proposta por esses filósofos e aquelas proporcionadas pelo mito.

UFES (2006)

A força humana é uma das mais antigas fontes de energia empregadas para agir sobre a natureza. Nesse sentido, muito embora, na Antigüidade, as sociedades ateniense e romana não investissem no desenvolvimento de um aparato tecnológico muito sofisticado, foram capazes de construir uma sólida organização urbana. Para tanto, fundamentaram-se na exploração do trabalho humano por meio das relações escravistas de produção. Das alternativas a seguir, a única que NÃO caracteriza o escravismo greco-romano é:

a) o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava na produção agrícola, com a geração de excedentes comercializados nos núcleos urbanos.

b) a conversão jurídica de seres humanos em meios de produção desprovidos de direitos sociais e assimilados a bestas de carga.

c) a conexão estreita entre a expansão do sistema escravista e o fortalecimento do ideal de cidadania, já que o escravo era considerado o oposto do cidadão.

d) o emprego da mão-de-obra escrava na execução das atividades existentes no âmbito da cidade-Estado, incluindo aquelas de natureza política.

e) a importância da guerra como principal fonte de trabalho escravo, dada a relação intrínseca, na Antigüidade, entre crescimento econômico e poderio militar.

UFPB (2006)

Leia, com atenção, o texto que se segue:
"- Guardas! Guardas! - grita Creonte, alucinado.
- Levem depressa, e para bem longe daqui, este homem desgraçado que, querendo sobrepor-se aos deuses, matou noiva, filho, esposa e mãe. Ai de mim, tudo desmorona a meu redor. Um deus, sim, um deus desabou sobre mim com seu peso enorme e calcou aos pés a minha sorte.
- Não se deve ofender os deuses. Os golpes impiedosos que eles infligem ensinam os homens arrogantes a chegar à velhice com sabedoria. Eis a primeira condição da felicidade - conclui o corifeu, secundado pelo coro dos velhos tebanos." (SÓFOCLES. Antígona. Tradução e adaptação de Cecília Casas. São Paulo: Scipione, 2004, p. 38-39).
A passagem apresentada é extraída da peça "Antígone", do poeta e dramaturgo grego Sófocles (496-405 a.C.). A tragédia clássica caracteriza-se pelas tentativas humanas de fugir do destino determinado pelos deuses. Na sociedade grega da Antigüidade,

a) os deuses eram divindades infalíveis e onipresentes e, por isso, detinham em suas mãos os destinos da Humanidade.

b) Zeus era equivalente ao Deus dos cristãos, tendo apenas uma denominação distinta.

c) a religião estabelecia rígido controle moral, considerando como pecado o sexo e o consumo de vinho.

d) os deuses eram imagens projetadas dos próprios homens, adquirindo, além da forma humana, suas paixões, defeitos e vícios.

e) os deuses eram divindades abstratas, sem forma definida, possuindo apenas características morais e espirituais.

12 de dezembro de 2011

UFPR (2006)

"Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, 'a chegada dos gregos significou a INTRODUÇÃO de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam'."(FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001.)
Com base no texto é correto afirmar:

a) As pesquisas recentes indicam que o povo grego se formou a partir de um amálgama de culturas que se expandiram por diferentes territórios.

b) A cultura grega constituiu-se a partir de um único povo.

c) Com a expressão "nova civilização", o autor indica o fim do primado da pólis em favor do estado teocrático.

d) Os estudiosos, ainda hoje, acreditam na superioridade dos gregos sobre outros povos da Antigüidade.

e) Os gregos não souberam incorporar, aos seus, elementos culturais dos povos conquistados.

FUVEST 2a. Fase (2006)

Tendo em vista as cidades-estado (polis), comente a seguinte passagem do livro "História" (Livro VIII, 144), na qual Heródoto verifica a existência da "unidade de todos os helenos pelo sangue e pela língua, e os templos dos deuses e os sacrifícios oferecidos em comum, e a semelhança de nossa maneira de viver".

Faça o comentário em termos

a) da identidade dos gregos.

b) do significado da polis.

PUC-SP (2007)

"No caso da Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo [séc. VIII a.C.] a Aristóteles [séc. IV a.C.] pareceu-nos seguir, no essencial, duas orientações: em primeiro lugar, estabelece-se uma distinção clara entre o mundo da natureza, o mundo humano, o mundo das forças sagradas, sempre mais ou menos mesclados ou aproximados pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos domínios (...)". (Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 17)
A partir da citação anterior e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que, no período indicado, os gregos

a) separavam completamente a razão do mito, diferenciando a experiência humana de suas crenças irracionais.

b) acreditavam em seus mitos, relacionando-os com acontecimentos reais e usando-os para entender o mundo humano.

c) definiram o caráter irracional do ser humano, garantindo plena liberdade de culto e crença religiosa.

d) privilegiavam o mundo sagrado em relação ao humano e ao natural, recusando-se a misturar um ao outro.

e) defendiam a natureza como um reino intocável, tomando o homem como um risco para o bem-estar do mundo.

UFG (2007)


A Grécia conquistada conquistou seu selvagem vencedor e levou as artes aos rústicos latinos.(VEYNE, Paul. L'Empire Gréco-Romain. Paris: Seuil, 2005. p. 11.)
Considerando o verso do poeta latino Horácio (65 a.C-8 a.C),
a) explique a relação paradoxal entre conquistador e conquistado;

b) caracterize dois campos em que a cultura grega se expressa no Império Romano.

UNIFESP (2007)

"Ao povo dei tantos privilégios quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei nem acrescentei; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei, que nada tivessem de infamante... entre uma e outra facção, a nenhuma permiti vencer injustamente." (Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou

a) restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza.

b) impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sentido da democracia.

c) permitir a participação dos cidadãos pobres na política, para derrubar o monopólio dos grandes proprietários de terras.

d) abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que mantinha sua exclusão da vida política.

e) disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos a ilusão de que participavam da política.

UFPI (2007)

Leia a frase a seguir.
"É bom deixar claro que o regime democrático ateniense tinha os seus limites".
 (Pedro Paulo Funari. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001, p. 36)
Assinale a alternativa que apresenta um grupo que tinha direitos políticos durante a democracia ateniense na Grécia Antiga.

a) Crianças.

b) Escravos.

c) Mulheres.

d) Estrangeiros.

e) Camponeses.

FUVEST 2a. Fase (2007)

Tendo em vista a economia, a sociedade, a política e a religião, os manuais de História Antiga agrupam, de um lado, as civilizações do Egito e da Mesopotâmia, e, de outro, as da Grécia e de Roma. Indique e descreva dois aspectos comuns aos pares indicados, isto é, às civilizações

a) egípcia e mesopotâmica.

b) grega e romana.

UNICAMP (2007)

"As figuras escavadas em pedra nos mármores de Elgin, que circundavam o Parthenon, encorajavam as esperanças dos atenienses. Assim batizadas em honra do nobre inglês que as levou para Roma no século XIX, elas podem ser apreciadas hoje no Museu Britânico. Nos mármores estão esculpidas cenas em honra da fundação de Atenas e aos seus deuses. Celebrava-se o triunfo da civilização sobre o barbarismo."(Adaptado de Richard Sennett, A pedra e a carne. O Corpo e a Cidade na Civilização Ocidental. Rio de Janeiro: Record. 2003, p. 37.)
a) O que significava "bárbaro" na Atenas Clássica?

b) Segundo o texto, o que o Parthenon e seus mármores significavam?

c) Explique por que a apropriação desses mármores pelos ingleses se dá no século XIX.

UFPR (2007)

"Embora a questão do início histórico da filosofia e da ciência teórica ainda contenha pontos controversos e continue um 'problema em aberto' - na dependência inclusive de novas descobertas arqueológicas -, a grande maioria dos historiadores tende hoje a admitir que somente com os gregos começa a audácia e a aventura expressas numa teoria. Às conquistas esparsas e as sistemáticas da ciência empírica e pragmática dos orientais, os gregos do século VI a.C. contrapõem a busca de uma unidade de compreensão racional, que organiza, integra e dinamiza os conhecimentos."
(PESSANHA, José Américo Motta. Os pré-socráticos: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural [Os pensadores], 1989, p. VIII.)
Caracterize a concepção de mundo existente na Grécia que foi superada pelo esforço intelectual dos filósofos gregos da antiguidade.

UFAL (2007)

Reflita sobre os textos.
"Não vim para destruir nações; vim para que aqueles que foram submetidos por minhas armas não tenham nada a lamentar."Alexandre Magno (rei da Macedônia)

"Alexandre considerava-se enviado pelos deuses para ser um governante geral e pacificador do mundo. Usando a força das armas quando não conseguia unir os homens pela luz da razão, canalizou todos os recursos para um único e mesmo fim, misturando vidas, maneiras, casamentos e costumes dos homens, como se estivessem numa taça de amor."Plutarco (historiador grego)

(Alexandre, o Grande. In: "Os grandes líderes: Alexandre: o grande". São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 30)
Os textos revelam aspectos relacionados às conquistas macedônicas na Grécia, Pérsia e outras regiões do Oriente Próximo. Identifique as afirmações que possam ser relacionadas a essas conquistas, implementadas por Alexandre.

I. Os soldados da Macedônia, obedecendo a ordens diretas do rei, destruíram o patrimônio histórico e cultural dos povos submetidos e lhes impuseram os valores macedônicos.

II. Alexandre procurou adotar uma política de colaboração que contribuiu para a fusão cultural entre os diferentes povos submetidos ao Império Macedônico.

III. As principais instituições políticas e religiosas dos vencidos foram respeitadas, o que garantiu o apoio das camadas dirigentes da sociedade aos macedônios.

IV. Alexandre, por admirar os atenienses e os espartanos, impôs a todos os povos submetidos os padrões artísticos, os valores morais e a religião da civilização grega.


Estão corretas SOMENTE

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

ESPM (2007)

Sobre a Grécia Antiga, observe as afirmações a seguir e assinale as corretas:

I. Esparta era uma polis localizada na península do Peloponeso, na planície da Ática e, seguindo a trajetória de Atenas, acabou alcançando a democracia.

II. Atenas era uma polis em que a democracia foi instituída pelas reformas de Clístenes, que garantiram a participação de todos os cidadãos atenienses, estando excluídos os estrangeiros, os escravos e as mulheres.

III. A "idade de ouro" de Atenas, quando a cidade viveu o seu auge econômico, militar, político e cultural ocorreu sob o governo de Clístenes, em que foi estabelecida a mistoforia, o que possibilitou maior participação popular na democracia.

IV. Com as Guerras Médicas surgiu a Confederação de Delos, uma união militar das cidades-Estado gregas, que sob a liderança ateniense derrotou os persas.


a) I e II.

b) III e IV.

c) I e IV.

d) II e III.

e) II e IV.

UFPB (2007)

O Escravismo constituiu-se em uma das mais importantes instituições das chamadas sociedades clássicas - Grécia e Roma.

Sobre o Escravismo Romano, é correto afirmar:

a) Durante a fase final da República romana, o número de escravos diminuiu sensivelmente, aumentando a importância dos camponeses e artesãos livres.

b) Devido à proliferação de movimentos abolicionistas cada vez mais organizados, a escravidão em Roma foi abalada e, posteriormente, acabou sendo extinta.

c) Embora a maioria dos escravos fossem destinados aos serviços pesados, alguns deles exerciam atividades especializadas, como médicos, dançarinos, músicos e professores.

d) Entre o crescimento do cristianismo e o fim do escravismo em Roma, não há uma relação direta, pois a Igreja nascente ignorou os escravos. 

e) Na fase de desagregação do Império, a mais belicosa da história romana, o número de escravos elevou-se consideravelmente, barateando o preço e popularizando o uso dessa mão-de-obra.

UFPR (2008)

"Xerxes não enviou arautos a Atenas e a Esparta para exigir a submissão dessas cidades. Dario os tinha enviado anteriormente com esse fim, mas os atenienses os haviam lançado no Báratro, enquanto que os lacedemônios atiraram-nos num poço, dizendo-lhes que dali tirassem terra e água para levarem ao rei. Espértias e Bulis, ambos espartanos de alta linhagem, ofereceram-se para sofrer o castigo que Xerxes, filho de Dario, quisesse impor-lhes pela morte dos arautos enviados a Esparta. [...] Partindo para Susa, foram ter à casa de Hidames, persa de nascimento e governador da costa marítima da Ásia. [...] Depois de convidá-los a participar da sua mesa, assim lhes falou: 'Lacedemônios, por que recusais de tal forma a amizade que o nosso soberano vos oferece? Podeis ver, pela situação privilegiada que desfruto, que ele sabe premiar o mérito; e como tem em alta conta vossa coragem, estou certo que daria também, a cada um de vós, um governo na Grécia, se quisésseis reconhecê-lo como soberano'. 'Senhor - responderam os jovens - sabeis ser escravo, mas nunca experimentastes da liberdade, ignorando, por conseguinte, as suas doçuras. Se já a tivésseis algum dia conhecido, estimular-nos-íeis a lutar por ela, não somente com lanças, mas até com machados'."
(HERÓDOTO. História. São Paulo: Tecnoprint, s/d, p. 340-341.)
Com base no texto de Heródoto e nos conhecimentos sobre o conflito entre gregos e persas na Antiguidade, considere as afirmativas a seguir:

1. A narrativa de Heródoto concebe o tempo como cíclico, uma vez que, para ele, o conhecimento da história permite a correção dos erros do passado.

2. Em seu texto, Heródoto atribui às Guerras Greco-Pérsicas o significado de um conflito entre homens livres e escravos.

3. Heródoto demonstra, por meio da sua narrativa, que a inviolabilidade dos arautos, fundada no direito das gentes, era um costume político compartilhado por gregos e persas.

4. As atitudes dos atenienses e espartanos, narradas no texto de Heródoto, revelam por que os persas chamavam os gregos de "os bárbaros da Antiguidade Clássica".


Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

FUVEST 1a. Fase (2008)

Na atualidade, praticamente todos os dirigentes políticos, no Brasil e no mundo, dizem-se defensores de padrões democráticos e de valores republicanos. Na Antigüidade, tais padrões e valores conheceram o auge, tanto na democracia ateniense, quanto na república romana, quando predominaram

a) a liberdade e o individualismo.

b) o debate e o bem público.

c) a demagogia e o populismo.

d) o consenso e o respeito à privacidade.

e) a tolerância religiosa e o direito civil.

FATEC (2008)

"Vivemos sob uma forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é democracia, pois a administração serve aos interesses da maioria e não de uma minoria." (Tucídides, História da Guerra do Peloponeso. Texto adaptado.)
O trecho acima faz parte do discurso feito por Péricles em homenagem aos atenienses mortos na guerra do Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que

a) a guerra do Peloponeso foi injusta e trouxe muitas mortes tanto para os atenienses como para os espartanos, que lutavam em lados opostos pela hegemonia da Grécia.

b) Péricles se orgulhava da cidade de Atenas por ser ela uma cidade democrática, que não imitava o sistema político de outras cidades-Estado, mas era imitada por elas.

c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema político descrito por Péricles, a democracia, mas divergiam sobre como implantá-lo nas demais cidades- Estado gregas.

d) Atenas, por não partilhar do sistema político democrático de Esparta, criou a Liga de Delos e declarou Guerra à Liga do Peloponeso.

e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em toda a Grécia antiga e desejava implantar esse sistema nas cidades-Estado gregas.