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22 de abril de 2012

UERJ (2006)

"Para cúmulo da desgraça foram os soberanos da Espanha obrigados a renunciar aos seus direitos, a abdicar de seu trono e a solicitar o seu mesmo Povo a que faltasse à fé e juramento de fidelidade, que havia prestado à Real Família Reinante; a pedir por fim que obedecesse a seus próprios inimigos.
Depois disto, quem se atreverá a duvidar da sábia política do Príncipe Regente de Portugal, em mudar a sua Corte para o Brasil?"

(Adaptado de "Correio Braziliense", 1808. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/Instituto Uniemp, edição fac-similar, 2000.)
a) O texto acima remete a um acontecimento, decorrente da política internacional, ocorrido na Península Ibérica na primeira década do século XIX. Indique esse acontecimento e seu principal objetivo em relação a Portugal.

b) A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil pode ser considerada importante para o processo de independência do Brasil. Apresente um argumento que justifique esse ponto de vista.

IBMEC-SP (2009)

A expansão napoleônica no século XIX influenciou decisivamente vários acontecimentos históricos no período. Dentre esses acontecimentos podemos destacar:

a) A Independência dos Estados Unidos. Com a atenção da Inglaterra voltada para as batalhas com a marinha napoleônica, os colonos americanos declararam sua independência, vencendo rapidamente os ingleses.

b) A formação da Santa Aliança, um pacto militar entre Áustria, Prússia, Inglaterra e Rússia que evitou a eclosão de movimentos revolucionários na Europa e impediu a independência das colônias espanholas e inglesas na América.

c) A Independência do Brasil. Com a ocupação de Portugal pelas tropas napoleônicas, houve um enfraquecimento da monarquia portuguesa que culminou com as lutas pela independência e o rompimento de D. Pedro I com Portugal.

d) A Independência das colônias espanholas. Em 1808 a Espanha foi ocupada pelas tropas napoleônicas ao mesmo tempo em que se difundiam os ideais liberais da Revolução Francesa que inspirou as lutas pela independência.

e) O Congresso de Viena. A França de Napoleão assinou um pacto com a Áustria, Inglaterra e Rússia cujo objetivo maior era estabelecer uma trégua e reorganizar todo o mapa europeu.

17 de janeiro de 2012

UNICAMP 2a. Fase (2012)

Passar de Reino a Colônia
É desar [derrota]
É humilhação
que sofrer jamais podia
brasileiro de coração.

"A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados Livres da América do Norte".
(Adaptado de Eduardo Schnoor,"Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 48. Rio de Janeiro, set. 2009, p. 36.)
a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal.

b) Explique o que foi a Confederação do Equador.

15 de janeiro de 2012

FUVEST 2a. Fase (2012)

"Não parece fácil determinar a época em que os habitantes da América lusitana, dispersos pela distância, pela dificuldade de comunicação, pela mútua ignorância, pela diversidade, não raro, de interesses locais, começam a sentir-se unidos por vínculos mais fortes do que todos os contrastes ou indiferenças que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipação política. No Brasil, as duas aspirações – a da independência e a da unidade – não nascem juntas e, por longo tempo ainda, não caminham de mãos dadas."(Sérgio Buarque de Holanda, “A herança colonial – sua desagregação”. História geral da civilização brasileira, tomo II, volume 1, 2ª ed., São Paulo: DIFEL, 1965, p. 9.)
a) Explique qual a diferença entre as aspirações de “independência” e de “unidade” a que o autor se refere.

b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histórico relacionado a cada uma das aspirações mencionadas no item a).

7 de dezembro de 2011

FUVEST 1a. Fase (2012)

“Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.”
(Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 [publicado originalmente em 1824]. Adaptado.)
Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos

a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.

b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.

c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.

d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispanoamericana.

e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.

6 de dezembro de 2011

Mackenzie inverno 2011

“Vale dizer que, naquele momento, não se reconhecia com precisão a data oficial da Independência do Brasil. [...] [Alguns] a situavam na convocação da Assembleia Constituinte no Brasil em junho de 1822. O próprio D. Pedro só em 1823 se referiu ao 7 de setembro. Pesava mais [após a obtenção de apoios locais e da pressão portuguesa contra os interesses brasileiros] o grito, o gesto fundador e seu lema [Independência ou Morte], pois o problema residia na legítima autodeterminação de um povo que estabelece o seu governo e proclama a Independência sob o risco de uma morte patriótica que se sacrifica pelo bem público.
A aclamação no Rio de Janeiro, com a presença efetiva de D. Pedro, ocorreu em 12 de outubro de 1822, depois que o Senado da Câmara do Rio de Janeiro tomou para si a tarefa de congregar as adesões e investir D. Pedro na condição de rei constitucional. Conciliava-se, aí, a data do aniversário do imperador com o descobrimento da América, reforçando seus vínculos. [...]
A coroação de D. Pedro I acontece em 1º de dezembro de 1822, no Rio de Janeiro, depois de várias aclamações, das adesões das Câmaras, do início da guerra de Independência. [...]
(Iara Lis Carvalho Souza. A independência do Brasil.) 
Considerando o texto, e com base em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

a) As elites brasileiras passaram por um longo processo de acomodação política, ocasionando conflitos com a metrópole e com o povo brasileiro, excluídos de representação. Em virtude disso, para os populares, somente D. Pedro poderia lhes garantir certos direitos.

b) A indicação de um descendente da Casa de Bragança para o trono brasileiro revela a intenção de romper, política e economicamente, com as principais monarquias europeias. Assim, tal independência somente seria assegurada e consolidada por Pedro I.

c) A busca por legitimação da independência promoveu uma série de ritos e celebrações na corte imperial. Em virtude disso, o Império alcançaria seu auge com o governo de D. Pedro I, responsável direto pela independência brasileira, e sua consolidação.

d) A busca por legitimação – interna e externa – da independência brasileira gerou todo um processo de ritos e celebrações em torno da figura de D. Pedro. Porém, a falta de um projeto efetivo ameaçou a consolidação dessa independência, em seus primeiros anos.

e) A independência se insere em um contexto maior, de crise do Antigo Sistema Colonial e acomodação política das elites. Assim, a sacralização da figura do imperador demonstrava os anseios populares de que suas condições melhorariam a partir do Império.

UNESP inverno (2011)

O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823,

(A) impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja Católica.

(B) isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado brasileiro.

(C) representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas.

(D) ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas.

(E) assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.