13 de dezembro de 2011

UFPB (2006)

Leia, com atenção, o texto que se segue:
"- Guardas! Guardas! - grita Creonte, alucinado.
- Levem depressa, e para bem longe daqui, este homem desgraçado que, querendo sobrepor-se aos deuses, matou noiva, filho, esposa e mãe. Ai de mim, tudo desmorona a meu redor. Um deus, sim, um deus desabou sobre mim com seu peso enorme e calcou aos pés a minha sorte.
- Não se deve ofender os deuses. Os golpes impiedosos que eles infligem ensinam os homens arrogantes a chegar à velhice com sabedoria. Eis a primeira condição da felicidade - conclui o corifeu, secundado pelo coro dos velhos tebanos." (SÓFOCLES. Antígona. Tradução e adaptação de Cecília Casas. São Paulo: Scipione, 2004, p. 38-39).
A passagem apresentada é extraída da peça "Antígone", do poeta e dramaturgo grego Sófocles (496-405 a.C.). A tragédia clássica caracteriza-se pelas tentativas humanas de fugir do destino determinado pelos deuses. Na sociedade grega da Antigüidade,

a) os deuses eram divindades infalíveis e onipresentes e, por isso, detinham em suas mãos os destinos da Humanidade.

b) Zeus era equivalente ao Deus dos cristãos, tendo apenas uma denominação distinta.

c) a religião estabelecia rígido controle moral, considerando como pecado o sexo e o consumo de vinho.

d) os deuses eram imagens projetadas dos próprios homens, adquirindo, além da forma humana, suas paixões, defeitos e vícios.

e) os deuses eram divindades abstratas, sem forma definida, possuindo apenas características morais e espirituais.

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