22 de março de 2012

ESPM (2007)

"Matéria do diário britânico "The Guardian", do dia 19/10/2006, citando autoridades antiterrorismo comenta que o Reino Unido se tornou o maior alvo para a Al Qaeda, que realizaria atentados para promover perdas de vidas e embaraço às autoridades. O jornal afirma que as ligações tradicionais entre o Reino Unido e o Paquistão tornam o primeiro um alvo fácil, já que milhares de pessoas viajam entre os dois países anualmente, dificultando o monitoramento de suspeitos pelas autoridades inglesas."("Folha de S. Paulo", 23/10/2006)
Sobre as ligações tradicionais entre o Reino Unido e o Paquistão, a que o enunciado faz referência, podemos afirmar que:

a) O Paquistão foi vítima do imperialismo inglês, mas obteve a independência em meio ao movimento de descolonização ocorrido no século XIX.

b) O Paquistão foi vítima do imperialismo inglês, mas obteve sua independência por decisão da Conferência de Berlim de 1885, reunião comprometida com o movimento de descolonização.

c) O Paquistão foi vítima do imperialismo inglês, mas obteve sua independência por decisão dos tratados firmados após a I Guerra Mundial.

d) O Paquistão foi vítima do imperialismo inglês, mas obteve sua independência após a Conferência de Bandung de 1955, quando surgiram dois estados soberanos: União Indiana e Paquistão.

e) O Paquistão foi vítima do imperialismo inglês, mas obteve sua independência em 1947, quando surgiram dois estados soberanos: a União Indiana (com maioria hinduísta) e o Paquistão (com maioria muçulmana).

UFPel (2007)

"A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: 'Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com minha consciência'. O assim chamado patrão poderá surrar-vos e tentar forçarvos a servi-lo. Direis: 'Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça'. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade, que não pode jamais ser apagada." 
(PAZZINATO, Alceu L. e SENISE, Maria Helena V. "História Moderna e Contemporânea", São Paulo: Ática, 2002.)

O texto caracteriza a política de Desobediência Civil defendida por:

a) Mahatma Gandhi, como estratégia para a independência da Índia.

b) Nelson Mandela, no processo de descolonização e independência da África do Sul.

c) Agostinho Neto, na luta pela independência de Angola.

d) Patrice Lumumba, líder nacionalista do Congo Belga.

e) Abdel Nasser, na luta pela libertação do Egito.

UFPel (2007)

"Durante a Guerra Fria, a estratégia da Casa Branca tinha como horizonte mudar a aparência da dominação colonial para na verdade não mudar nada: as novas nações manteriam o vínculo de dependência econômica e sofreriam um certo grau de ingerência política por parte das antigas metrópoles. Eventualmente, as metrópoles apoiariam a formação de ditaduras que lhes fossem 'fiéis'. Assim, nos anos 50 e 60, a África conheceu intensamente um processo hoje chamado 'descolonização'. Apenas no ano de 1960, dezessete colônias da França e da Inglaterra conquistaram o status de nações autônomas." (ARBEX JR., José. "Guerra Fria: terror de Estado, política e cultura". São Paulo: Moderna, 1997 [adapt.].) 
Contrariando essa estratégia dos Estados Unidos da América, através da qual os processos colonizatórios haviam sido reforçados, ocorreram na segunda metade do século XX, na África, movimentos com características revolucionárias e emancipações políticas com o apoio da União Soviética. Entre os países que vivenciaram este último processo transformador no período referido, estão

a) Argélia, Congo e África do Sul.

b) Sudão, Etiópia e Marrocos.

c) Sudão, Argélia e Gabão.

d) Angola, Moçambique e Guiné Bissau.

e) Costa do Marfim, Uganda e Senegal.

UFRJ (2008)

"Um empreendimento de colonização nunca é filantrópico, a não ser em palavras. Um dos objetivos de toda colonização, sob qualquer céu e em qualquer época, sempre foi começar por decifrar o território conquistado, porque não se semeia a contento nem em terreno já plantado, nem em alqueive. É preciso primeiro arrancar do espírito, como se fossem ervas daninhas, valores, costumes e culturas locais, para poder semear em seu lugar os valores, costumes e cultura do colonizador, considerados superiores e os únicos válidos. E que melhor maneira de alcançar este propósito do que a escola?" (BÂ, Amadou Hampâté. "Amkoullel, o menino fula". São Paulo: Palas Athena/Casa das Áfricas, 2003.)
No trecho apresentado, um dos mais reconhecidos estudiosos dos povos da savana da África Ocidental faz uma análise dos males da escolarização promovida pelos colonizadores europeus no século XX. No entanto, a história da descolonização africana e asiática também mostra uma outra face desse processo, em que o mesmo instrumento de dominação, a escola, foi usado em benefício dos colonizados.

Justifique a ideia de que a escola de modelo ocidental também contribuiu para criar condições favoráveis à luta pela independência das colônias europeias na Ásia e na África.

PUC-Rio (2008)

Em 1973, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou o texto da "Convenção Internacional de Punição e Supressão ao crime do Apartheid". A intenção imediata da convenção era construir uma estrutura legal que possibilitasse aos países membros aplicar sanções para pressionar governos segregacionistas a mudar suas políticas. Considerando a posição da comunidade internacional sobre o tema,

a) explique uma característica do regime de Apartheid;

b) cite um país que, ao longo do século XX, adotava o Apartheid como política pública de Estado.

PUC-Rio (2008)


"Nem o imperialismo nem o colonialismo são um simples ato de acumulação e aquisição. Ambos são sustentados e talvez impelidos por potentes formações ideológicas que incluem a noção de que certos territórios e povos precisam e imploram pela dominação." (Edward Said. "Cultura e Imperialismo", p. 40.)
Considerando o texto acima:

a) Relacione as ideias de civilização e progresso que caracterizaram o desenvolvimento do capitalismo europeu do século XIX.

b) Cite dois países africanos que, ao longo do século XX, conseguiram sua independência frente às metrópoles européias.

UFRJ (2008)


"Quando a independência chegou, em 1960, havia menos de 30 africanos formados em curso superior em todo o território. A administração da colônia pouco fizera para que um dia o Congo pudesse ser governado por seu próprio povo: dos cerca dos 5 mil cargos do serviço público administrativo, apenas três eram ocupados por africanos. O rei Balduíno da Bélgica chegou a Léopoldville para conceder oficialmente a independência ao Congo. Na ocasião, de um modo um tanto superior, disse o seguinte: 
- Cabe agora aos senhores cavalheiros nos mostrar que são dignos da nossa confiança. O discurso irado com que Patrice Lumumba respondeu de improviso ao rei chamou a atenção do mundo. Lumumba acreditava que a independência política não era suficiente para libertar a África de seu passado colonial; era preciso também que o continente deixasse de ser colonizado economicamente pela Europa." (Adaptado de HOCHSCHILD, Adam. "O fantasma do rei Leopoldo: uma história de cobiça, terror e heroísmo na África Colonial." São Paulo: Companhia das Letras, 1999.) 
Relacione os desdobramentos políticos ocorridos no imediato pós-independência do ex-Congo Belga com o contexto internacional da década de 1960.

UECE (2008)

Observe os versos da canção de Chico Buarque:
Foi bonita a festa, pá Fiquei contente E inda guardo, renitente Um velho cravo para mim Já murcharam tua festa, pá Mas certamente Esqueceram uma semente Nalgum canto do jardim (Chico Buarque - 1978) 
Nessa canção, Chico Buarque sugere acontecimentos do dia 25 de Abril de 1974 em Portugal, quando chega ao fim o regime político autoritário iniciado em 1926. Sobre esse acontececimento, assinale o correto.

a) Trata-se da Revolução Festiva, quando flores foram distribuídas por populares que destituíram as forças militares do poder.

b) Trata-se da Revolução Patrícia, ou "pá", quando, em seu final, uma grande festa celebrou a vitória.

c) Trata-se da Revolução dos Cravos quando um grupo de jovens oficiais militares depôs o governo ditatorial.

d) Trata-se da Revolução das Flores quando agricultores se rebelaram contra jovens oficiais militares atirando-lhes cravos murchos.

UERJ (2009)

Tanto mar

Sei que estás em festa, pá
Fico contente
E enquanto estou ausente
Guarda um cravo para mim
Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei também quanto é preciso, pá
Navegar, navegar Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim
(CHICO BUARQUE DE HOLLANDA. "Tantas palavras". São Paulo: Companhia das Letras, 2006.)

A canção de Chico Buarque de Hollanda refere-se à Revolução dos Cravos, ocorrida em Portugal em 1974.
Aponte duas razões que levaram o exército português a liderar o processo revolucionário e explicite a principal conseqüência da Revolução dos Cravos para a política portuguesa na África.

UNICAMP (2009)

"À meia-noite de 15 de agosto de 1947, quando Nehru anunciava ao mundo uma Índia independente, trens carregados de hindus e muçulmanos, que associavam a religião às causas de uma ou outra comunidade, cruzavam a fronteira entre a Índia e o novo Paquistão, em uma das mais cruéis guerras civis do século XX. Gandhi, profundamente comovido, começava um novo jejum, tentando a conciliação. Mais tarde, já alcançada a Independência, foram as diferenças entre hindus e muçulmanos que levaram Nehru, primeiro-ministro da Índia, a separar religião e Estado, para que as minorias religiosas, como os muçulmanos, não fossem vitimadas pela maioria hindu."(Adaptado de Cielo G. Festino, "Uma praja ainda imaginada: a representação da Nação em três romances indianos de língua inglesa". São Paulo: Nankin/Edusp, 2007, p.23.)
a) De acordo com o texto, que razões levaram Nehru a separar religião e Estado, após a Independência da Índia?

b) Quais os métodos empregados por Gandhi na luta contra o domínio inglês na Índia?

UNIFESP (2009)

A Guerra do Vietnã opôs o norte ao sul do país e contou, entre 1961 e 1973, com participação direta dos Estados Unidos. Relacione esta guerra com a:

a) Descolonização da Ásia.

b) Guerra Fria.

21 de março de 2012

UERJ (2006)

Em vários momentos da História, arte e poder se encontram. O quadro de Moses Soyer retrata diversos artistas pintando imagens esperançosas e otimistas, associadas ao "New Deal", implementado pelo governo Roosevelt. 

Artist on WPA, Moses Soyer (1935)
Nesse clima de euforia e com o objetivo de reerguer a economia norte-americana, esse governo adotou como medidas:

a) redução da produção agrícola e realização de grandes obras públicas

b) repressão aos movimentos dos trabalhadores urbanos e elevação do poder aquisitivo

c) valorização da moeda e incentivo ao aumento da produção industrial de bens duráveis

d) concessão de empréstimos aos pequenos agricultores e estabelecimento de um modelo econômico de livre-mercado

UFRJ (2007)

Leia o texto e responda ao que se pede: 
"Eu espero, mas as horas passam devagar. Eu estou na fila da sopa. Atrás de mim e na minha frente existem homens. Centenas de homens. Eu estou imprensado no meio da fila. Eu já estou aqui há duas horas. Já é noite e faltam dois minutos para que eles comecem a servir. O vento sopra nas esquinas e me corta como uma faca. Eu estou aqui há duas horas apenas. Alguns desses caras estão aqui há quatro. Do outro lado da rua as pessoas ficam olhando pra nós. Nós somos um bom show para elas. Uma fila da sopa que se estende por dois quarteirões é algo que se deve ver." (Kromer, Tom. "Waiting for Nothing". In Salzman, Jack. "Years of Protest: A Collection of American Writings of the 1930's". New York: The Bobbs-Merrill Company, Inc. Publishers, 1970, p. 45.)
a) O texto anterior foi escrito em uma conjuntura marcada pela chamada "Crise de 29", relacionada à "quebra" da bolsa de valores de Nova York. De que forma é possível relacionar a situação, descrita no texto, com a crise de 29?

b) A partir de 1933, implantou-se nos Estados Unidos o "New Deal", que trouxe uma modificação importante na relação entre o Estado e a Sociedade. Identifique a mudança que coloca em questão um princípio básico do liberalismo clássico.

UERJ (2008)

"Alan Greenspan, ex-presidente do Banco Central dos Estados Unidos, ao comentar a recente turbulência econômica que abalou os principais mercados financeiros mundiais no mês de agosto, afirmou que tendemos a pensar que os mesmos fatores regem tanto a expansão quanto a retração do mercado. 'A fase de expansão da economia é bastante diferente, e o medo como suporte, como ocorre atualmente, é muito mais potente do que a euforia.'"(Adaptado do "Jornal de Brasília", 08/09/2007)
Euforia e medo são elementos que já se fizeram presentes em outras crises econômicas mundiais, como a Grande Depressão de 1929 e seus desdobramentos na América Latina. Aponte duas características da conjuntura econômica mundial de 1929 que possibilitaram a Grande Depressão e indique um desdobramento deste processo na Argentina.

Ibmec-RJ (2009)

A Crise de 29 volta a ser muito lembrada atualmente, consequência natural dos enormes problemas que a economia está sofrendo nas últimas semanas. Naquele período, coube ao presidente democrata Franklin Roosevelt, eleito para a presidência dos Estados Unidos pela primeira vez em 1932, apresentar um plano que ficou conhecido como "New Deal" (Novo Acordo ou Novo Tratamento), plano esse que mudou de forma radical a visão econômica norte-americana, até então praticada. São medidas desse período de governo, EXCETO:

a) Controlar rigidamente a jornada de trabalho, para impedir, entre outras práticas, a realização de horas extras.

b) Estimular pesados investimentos em obras públicas, incluindo a construção de pontes, estradas e portos, como forma de ampliar a geração de empregos.

c) Impedir a organização de qualquer tipo de sindicato no país, afinal em função da crise cresceu significativamente nos Estados Unidos o apoio popular às ideologias esquerdistas.

d) Promover uma política de assistência ao trabalhador, que incluiu a criação de um auxílio desemprego e a fixação de um salário mínimo.

e) Conceder empréstimos amplos ao sistema bancário, para permitir a disponibilização de uma linha de créditos aos que estivessem interessados em retomar as atividades produtivas.

Ibmec-RJ (2009)

A crise que atingiu a Bolsa de Nova York, em 1929, serviu para demonstrar a crise do modelo liberal aplicado na economia norte-americana e para superá-la foi executado um programa que tinha como base:

a) A não-intervenção do Estado, objetivando dar ao mercado condições próprias de superação do grave momento econômico.

b) Uma política de investimento maciço em obras públicas, que ficou conhecido como "Aliança para o progresso".

c) Um conjunto de medidas intervencionistas que ficou conhecido como "New Deal".

d) A supressão de uma série de conquistas da classe trabalhadora, como o salário-mínimo, com a finalidade de facilitar a geração de empregos.

e) O rompimento dos acordos anteriormente firmados com o FMI, acordos que haviam sido assinados numa época de expansão econômica e que agora ficaram inviabilizados.

UDESC (2009)

Os problemas nos créditos imobiliários de risco nos EUA, a recessão, a instabilidade e as quedas nas Bolsas de Valores, dentre outros, são dispositivos e ao mesmo tempo efeitos que anunciam forte crise financeira e econômica no mundo. Na mídia, comumente se encontram comparações entre a crise atual e a de 1929. Mesmo considerando que há diferenças substanciais entre estas duas situações de crise, cite um exemplo de como a de 1929 atingiu o Brasil, e comente a atual crise, dando também um exemplo capaz de ilustrar de que forma ela atinge o País.

UEL (2009)

Com base nos conhecimentos sobre a crise econômica mundial do período de 1929, considere as afirmativas a seguir.

I - Após a Primeira Guerra Mundial, as nações derrotadas, como a Alemanha e a Áustria, foram auxiliadas em sua reconstrução econômica pelas potências vencedoras, Inglaterra e França, com pesados investimentos nos setores de energia e siderurgia.

II - O impacto da Crise de 1929 foi mundial, estendendo-se dos Estados Unidos para todos os países capitalistas, desenvolvidos ou não.

III - O excesso de intervenção dos Estados Nacionais na economia foi a principal causa da Grande Depressão, ao desestimular o crescimento econômico da iniciativa privada.

IV - Nos Estados Unidos, a Grande Depressão começou a ser combatida através do New Deal, política pela qual o Estado Nacional interveio na economia, injetando recursos públicos em reformas sociais e econômicas bem como disciplinando as relações capitalistas.


Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.

b) Somente as afirmativas I e III são corretas.

c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.

d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

UFC (2008)

Entre 1792 e 1815, a Europa esteve em guerra quase permanente. No final, os exércitos napoleônicos foram derrotados. Em seguida, as potências vencedoras, Rússia, Prússia, Grã-Bretanha e Áustria, conjuntamente com a França, reuniram-se no Congresso de Viena, que teve como conseqüência política a formação da Santa Aliança. A partir do comentário acima, marque a alternativa que contenha duas decisões geopolíticas aprovadas pelo citado Congresso:

a) defesa do liberalismo e auxílio aos movimentos socialistas na Europa.

b) restabelecimento das fronteiras anteriores a 1789 e isolamento da França do cenário político europeu.

c) valorização das aristocracias em toda a Europa continental e ascensão dos girondinos no governo da França a partir de 1815.

d) reentronização das casas reais destituídas pelos exércitos napoleônicos e criação de um pacto político de equilíbrio entre as potências européias.

e) apoio aos movimentos republicanos e concentração de poderes na coroa britânica, permitindo a esta a utilização da sua marinha de guerra como instrumento contra-revolucionário.

UERJ (2008)

"A União Europeia dá continuidade ao seu processo de ampliação. Com o ingresso da Bulgária e Romênia em 2007, o bloco passa a contar com 27 países-membros." (www.dw-world.de)
Vem de longe o esforço europeu para desenvolver estratégias que garantam a paz e o equilíbrio entre as nações que formam o continente. No século XIX, por exemplo, a tentativa realizada pelas nações participantes do Congresso de Viena (1814-1815) foi rompida com a unificação alemã, fruto da política empreendida por Bismarck.

Apresente dois objetivos do Congresso de Viena e um efeito da unificação alemã sobre as relações políticas européias estabelecidas na época.

PUC-Rio (2009)

A Revolução Liberal de 1830 na França sepultou definitivamente as intenções restauradoras do Congresso de Viena de 1815, motivando uma onda de progressismo e de ímpeto revolucionário, que levaria às revoluções de 1848 e a diversos movimentos nacionalistas do período. A partir desta afirmativa:

a) APRESENTE uma resolução do Congresso de Viena que exemplifique suas "intenções restauradoras".

b) INDIQUE um princípio do Liberalismo que caracterize a "onda de progressismo e o ímpeto revolucionário" ocorridos na primeira metade do século XIX.

UERJ (2009)


O mapa político apresentado demonstra a fragmentação ocorrida na América colonial espanhola, a partir dos movimentos de independência. Esse processo resultou não só de fatores internos, mas também de fatores externos às colônias, como a tentativa de restauração levada a cabo pela Santa Aliança, utilizando como regra básica o princípio de legitimidade enunciado no Congresso de Viena (1814-1815).

Cite duas consequências políticas ou territoriais para a Europa pós-napoleônica da utilização do princípio de legitimidade. Em seguida, explique a influência desse princípio nas lutas pela independência das colônias espanholas na América.

UFRJ (2006)

"'Não posso morrer sem voltar a Haifa e ver a casa em que nasci'. Essa frase, dita com lágrimas nos olhos por Lamia - uma senhora idosa, que vive com sua filha e netos no campo de refugiados de Burj-el-Barajne, em Beirute - ao lhe perguntarmos sobre o maior desejo de sua vida, resume o drama palestino: todo um povo condenado ao desterro ou a viver sem identidade [...] vendo sua cultura, seu mundo, suas casas ancestrais serem confiscadas". (BISSIO, Beatriz. "Nada será como antes". In: Cadernos do Terceiro do Mundo, n. 107, fev. 1988, p.12.)
O conflito entre palestinos e israelenses atravessou boa parte do século XX e chegou até o presente. Um dos episódios mais dramáticos dessa história foi a Guerra dos Seis Dias (1967).

a) Identifique dois territórios palestinos ocupados por Israel durante a Guerra dos Seis Dias.

b) Explique uma mudança ocorrida em 2005 no cenário geopolítico resultante da Guerra dos Seis Dias.

UERJ (2006)

A imagem acima focaliza manifestantes palestinos protestando contra o assassinato do xeque Ahmed Yassin, destacado líder palestino.

Um fator preponderante que deu origem às tensões e lutas entre palestinos e israelenses é apresentado na seguinte alternativa:

a) diáspora palestina ocorrida a partir de 1945, acarretando a migração de palestinos para os kibutzin israelenses

b) movimento sionista surgido a partir de 1917, definindo a Palestina como o "lar nacional" de judeus e palestinos

c) fundação da Organização para a Libertação da Palestina na década de 1950, iniciando o processo de luta liderado por Yasser Arafat

d) partilha da Palestina aprovada pela Organização das Nações Unidas na década de 1940, provocando rejeição pelos países árabes

PUC-SP (2006)

Do final dos anos 1970 até hoje, Irã e Iraque estiveram constantemente no noticiário internacional. Entre outros motivos, devido à

a) revolução no Irã, em 1978-1979, que acabou com a monarquia pró-Estados Unidos no país e instalou um regime islâmico xiita, controlado pelos aiatolás, que passaram a pregar a guerra santa contra seus opositores.

b) Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1989, conflito típico da Guerra Fria, pois os dois países representavam, respectivamente, os interesses dos Estados Unidos e da União Soviética, em sua disputa pelo controle global.

c) ocupação do Kuwait, país vizinho, por tropas do Iraque, em 1990, na disputa por campos petrolíferos, com a intenção explícita de aumentar a produção de petróleo iraquiana e diminuir seu preço no mercado internacional.

d) Primeira Guerra do Golfo, em 1991, quando os Estados Unidos atacaram o Iraque a pedido dos governos iraniano e kuwaitiano, depuseram o regime islâmico e implantaram uma democracia representativa.

e) Segunda Guerra do Golfo, em 2003, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou os Estados Unidos e a Inglaterra para que invadissem o Iraque e expropriassem suas áreas petrolíferas.

20 de março de 2012

PUC-Rio (2006)

Os conflitos entre o Estado de Israel e os países árabes no decorrer da segunda metade do século XX, entre outros desdobramentos, influenciaram na ampliação das fronteiras territoriais israelenses, frente ao que havia sido estabelecido, originalmente, em 1948. Sobre tais conflitos, podemos afirmar que:

I - no momento da criação do Estado de Israel, houve enfrentamentos militares entre o novo país e a Liga Árabe; a intermediação da ONU estabeleceu o controle da Cisjordânia pelo Governo da Jordânia e o da faixa de Gaza pelo Egito.

II - na Guerra de Suez (1956), desentendimentos entre o governo do Egito, que declarou a nacionalização do Canal de Suez, e o governo de Israel levaram esse último a controlar a península do Sinai, posteriormente desocupada em função de pressões soviéticas e norte-americanas.

III - na Guerra dos Seis Dias (1967), envolvendo Israel contra os governos do Egito, da Jordânia e da Síria, o Estado de Israel ocupou a Península do Sinai, a faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã.

IV - na Guerra do Yom Kippur (1973), o Estado de Israel, respondendo a ataques militares dos governos do Egito e da Síria, conseguiu manter o controle sobre as áreas ocupadas como resultado da Guerra dos Seis Dias.


Assinale a alternativa correta.

a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.

b) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.

c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.

d) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.

e) Todas as afirmativas estão corretas.

UFSM (2006)

O Governo do Presidente Jimmy Carter (1977-1980) correspondeu a um contexto em que

a) a política externa dos EUA encobriu as denúncias de violação de direitos humanos, como torturas, prisões políticas e assassinatos cometidos pelas ditaduras militares latino-americanas.

b) a Revolução Islâmica no Irã, liderada pelo Aiatolá Khomeini, derrubou o governo do Xá Reza Pahlevi, aliado dos EUA, para implantar um regime antiocidente e que defendia os fundamentos do islamismo.

c) a Revolução Sandinista, na Nicarágua, de inspiração Marxista, terminou com o longo período de dominação da família Somoza, instalando um governo aliado dos EUA.

d) na América Central, intensificou-se a Guerra Fria, pois o governo de Carter financiou guerrilhas pró-EUA na Nicarágua e em El Salvador.

e) no Brasil, a Ditadura militar não permitiu qualquer medida para a abertura política e anistia àqueles que tinham participado da luta armada.

PUC-MG (2006)

Em 9 de novembro de 1989, cai o símbolo da Guerra Fria: o Muro de Berlim é derrubado. Passada a euforia, o mundo se vê frente à primeira grande crise internacional na região do Oriente Médio. É CORRETO afirmar que essa crise foi provocada:

a) pelo Líbano, que, rompendo a aliança de coalizão entre os líderes religiosos, provoca a interferência das forças da ONU em seu Estado.

b) pela Palestina, tendo à frente a OLP de Yasser Arafat e exigindo a saída dos colonos israelenses do seu território.

c) pelo Irã, que, sob a orientação do líder religioso Aiatolá Khomeini, derruba do trono o imperador Reza Pahlevi.

d) pelo Iraque, cujas tropas, sob o comando de Saddam Hussein, invadem o Kuwait, exigindo a recomposição geopolítica do país.

PUC-MG (2007)

"É um quadro de perplexidade, este pintado no limiar do século XXI: nascidos sob o signo da modernização ocidentalizante, os Estados Nacionais do Oriente Médio se deparam, cada vez mais, com movimentos que unem política e religião, criando fundamentos históricos em acontecimentos ocorridos há séculos e séculos para as opções que defendem, quase nunca pela via da negociação e do direito. Isto muda completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o perigo está do lado de dentro." (GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In.: REIS FILHO, Daniel Aarão, et.al. "O século XX: o tempo das dúvidas". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. v.3. p.p.123)
Assinale a afirmativa que NÃO tem relação com o texto.

a) Israel na atualidade vivencia as conseqüências da divergência entre diferentes grupos político-ideológicos de judeus: os judeus fundamentalistas se opõem à paz com os árabes e à pluralidade política e religiosa.

b) O Líbano vivenciou por anos uma guerra civil entre cristãos e muçulmanos e foi o espaço político onde os palestinos implantaram, por muito tempo, as bases da OLP acirrando o conflito com Israel.

c) A política árabe, iniciada após o fim do Império Turco-Otomano, voltava-se para o passado, buscando na própria figura de Maomé a solução para os problemas políticos, religiosos e sociais contemporâneos.

d) O Hezbolah faz parte do imenso número de partidos que vêm se fortalecendo e ganhando apoio popular em diversos países muçulmanos, usando muitas vezes a violência para alcançar seus objetivos.

PUC-MG (2007)


"É um quadro de perplexidade, este pintado no limiar do século XXI: nascidos sob o signo da modernização ocidentalizante, os Estados Nacionais do Oriente Médio se deparam, cada vez mais, com movimentos que unem política e religião, criando fundamentos históricos em acontecimentos ocorridos há séculos e séculos para as opções que defendem, quase nunca pela via da negociação e do direito. Isto muda completamente a situação com a qual israelenses e árabes estavam acostumados a lidar há quase um século, quando o inimigo era o vizinho. Agora, o perigo está do lado de dentro." (GRINBERG, Keila. O mundo árabe e as guerras árabe-israelenses. In.: REIS FILHO, Daniel Aarão, et.al. "O século XX: o tempo das dúvidas". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. v.3. p.p.123)
Com relação ao texto, assinale a afirmativa que sintetiza a idéia central.

a) O terrorismo árabe sempre atuou contra Israel em defesa da Palestina, partindo seus ataques de países vizinhos. Hoje, grupos terroristas árabes estão infiltrados no próprio Estado israelense.

b) Árabes e israelenses defenderam durante séculos o direito à soberania dos povos. No limiar do século XXI, ambos procuram assegurar que a autonomia política e religiosa dos palestinos seja de fato respeitada.

c) As guerras entre árabes e israelenses, antes vinculadas às questões territoriais e fronteiriças, estão cada vez mais amparadas em grupos de caráter político e religioso.

d) A ortodoxia fundamentalista dos povos árabes e judeus é o pilar que sedimenta e une os grupos em nome da política, transformando pessoas comuns, cidadãos árabes e israelenses, em soldados da nação.

UEL (2007)

Israel, em 1967, ao defender-se dos países inimigos na "Guerra dos Seis Dias", ocupou importantes áreas estratégicas e, desde então, estas terras não mais foram devolvidas.

Sobre os constantes conflitos na região do Oriente Médio, pode-se afirmar:

I. Yasser Arafat, Líder da OLP, Yitzhak Rabin, Primeiro Ministro de Israel, realizaram em 1993 um acordo de paz incentivados por Bill Clinton, presidente dos EUA. Alguns Judeus discordaram desta aproximação e um deles assassinou Rabin em 1995.

II. Os países que têm suas terras ocupadas por Israel são Síria, Turquia, Jordânia e Líbano. No caso do Líbano, as terras ocupadas são um importante manancial aqüífero, denominado de Colinas de Golã, provedor de águas para a região do deserto.

III. A guerra na região, além de ser um fato sóciopolítico, é também expressão de um conflito religioso de três religiões monoteístas, abraâmicas: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo. No Irã, muçulmanos depuseram o Xá Reza Pahlevi por intermédio da "Revolução Islâmica".

IV. Na região chamada "Berço da Civilização", edificou-se o Império da Babilônia, famoso pelos seus "Jardins Suspensos". Atualmente esta região encontra-se dominada por um país Ocidental que apoiou militarmente Saddam Hussein em sua guerra contra Khomeini.

A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:

a) I e II.

b) II e III.

c) II, III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e IV.

UFPel (2007)


"[...] o Estado israelense anexou a Península do Sinai e a Faixa de Gaza (então pertencentes ao Egito), a Cisjordânia (da Jordânia) e as Colinas de Golam (da Síria). A guerra foi particularmente trágica para os palestinos. Novos contingentes de dezenas de milhares engrossaram a diáspora."
(ARBEX JR., José. "Guerra Fria: terror de Estado, política e cultura". 3a. ed. São Paulo: Moderna, 1997. [adapt.].)


Os textos referem-se à

a) ocupação israelense sobre o sul do Líbano (2006), antiga Fenícia, aprofundando a Diáspora hebraica como forma de contenção à ação do Hezbollah.

b) Guerra dos Seis Dias (1967), quando, com o apoio dos Estados Unidos, Israel expandiu seu território, promovendo um continuado conflito.

c) Guerra do Yom Kippur (1973), quando Egito e Síria, embasados pelo nacionalismo de Nasser, ameaçaram a soberania israelense.

d) formação do Estado de Israel (1948), apoiada pela ONU, na região onde, na Antigüidade, se localizaram os reinos de Israel e Judá.

e) Guerra do Yom Kippur (1973), quando a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), liderada por Yasser Arafat, entrou em conflito com os sionistas.

UFLA (2007)

Observe o mapa a seguir, que diz respeito à constituição do Estado de Israel.



Sobre as causas que levaram à constituição do Estado de Israel, é INCORRETO afirmar que

a) ao término do conflito da 2a. Guerra Mundial, o Reino Unido permitiu a entrada dos refugiados judeus na Palestina.

b) à medida que as tropas britânicas desguarneciam o território, as organizações judaicas armadas apoderavam-se dele e expulsavam a população árabe.

c) uma vez retirados os contingentes militares britânicos em maio de 1948, foi possível a proclamação do Estado de Israel.

d) a partilha do território, entre judeus e palestinos, foi realizada pela recém-criada Liga das Nações, no ano de 1947, contando com o apoio dos EUA e URSS.

UNIFESP (2007)

"As diferenças sutis, mas cruciais, entre Hamas, Hizbollah e Al Qaeda são ignoradas quando se designa o terrorismo como o inimigo. Israel é vista como a base avançada da civilização ocidental em luta contra a ameaça existencial lançada pelo islã radical." (Lorde Wallace de Saltaire, em discurso na Câmara dos Lordes em julho de 2006.)
Do texto depreende-se que o autor está, com relação ao Estado de Israel e ao terrorismo,

a) apoiando a política independente do governo de Tony Blair.

b) elogiando a política intervencionista proposta pela ONU.

c) defendendo a política intransigente da Comunidade Européia.

d) alertando para a política cada vez mais beligerante por parte do Irã.

e) criticando a política fundamentalista do presidente Bush.

PUC-Rio (2008)

Em janeiro de 1979, Reza Pahlevi, Xá do Irã, frente à crescente oposição política e popular, fugiu do país criando uma crise política que culminou com a vitória dos partidários do clérigo xiita Ruholá Khomeini.

Assinale a alternativa que indica corretamente a política da República Islâmica do Irã após a revolução.

a) A nacionalização dos recursos naturais impedia o processo de exploração do petróleo pelas grandes empresas multinacionais que, até então, tinham sede no país.

b) A adesão do Irã à União das Repúblicas Socialistas Soviética, o que agravou ainda mais tensões da chamada segunda Guerra Fria.

c) A criação de um sistema político multipartidário e democrático.

d) A imediata declaração de "guerra santa" contra os sunitas do Iraque, governado nessa época por Saddam Hussein.

e) Aceitação da existência de um Estado judeu na Palestina e o estabelecimento de relações diplomáticas com Israel.

UEL (2009)

Leia o texto a seguir:
"As religiões, que em princípio, deveriam servir para aperfeiçoar o ser humano, aproximando-o da divindade têm sido responsáveis por manifestações acabadas de fanatismo. Massacres, torturas, guerras, perseguições, intolerância e outras atitudes e práticas deploráveis têm testemunhado o que de pior o ser humano apresenta, e muitas vezes tais atrocidades são feitas em nome de Deus." (PINSKY, J.; PINSKY, C. Orgs. "Faces do fanatismo". São Paulo: Contexto, 2004. p.15.)
Sobre os conflitos históricos e religiosos que ocorrem no período contemporâneo, é correto afirmar:

a) A derrubada pelos aiatolás xiitas da monarquia iraniana protegida do governo estadunidense, reacendeu na região uma série de conflitos de caráter religioso, político e cultural, tendo se desdobrado em um conflito contra o Iraque.

b) Os cristãos ortodoxos radicados em Istambul são resultantes da diáspora árabe e utilizam-se de sua concepção política e religiosa para combater, ao lado dos aliados, a presença militar sionista que ocupou a Cisjordânia para explorar os poços de petróleo da região.

c) No período da Guerra Fria, a URSS, aliada dos Talebans, infiltrou-se no Afeganistão com uma ideologia religiosa e, ao dominarem o país, construíram um corredor de transporte seguro para o escoamento de sua produção de petróleo para o Golfo Pérsico.

d) A concepção religiosa politeísta da Índia traduziu os textos divinos, "Devas", em ensinamentos apreendidos por cristãos e muçulmanos que os utilizaram na realização de uma guerra de cisão interna, levando à criação dos estados do Paquistão e do Sri Lanka.

e) No conflito da Bósnia-Herzegovina, os sérvios, em sua maioria muçulmanos entraram em guerra contra os albaneses, por estes terem ocupado militarmente a região da Eslovênia e realizado um massacre contra os habitantes que professam o islamismo.

UFPE (2008)

No Oriente Médio, as disputas políticas existentes mostram o fortalecimento das crenças Islâmicas nas últimas décadas. Uma análise histórica da trajetória do Islamismo nos afirma que essa religião:

a) teve uma atuação pouco importante para a vida cultural do povo árabe na Idade Média, mas foi aceita pelos grupos mais tradicionais.

b) representou uma crença ética e escatológica, fundada em profetas do bem, sem ter semelhança com o cristianismo.

c) contribuiu com suas crenças monoteístas para a construção da identidade política de todos os asiáticos

d) restringui sua atuação a países do Oriente Médio e da África, sem repercussões nos povos do Ocidente

e) justificou a participação dos líderes religiosos na política idéia que mantém na contemporaneidade

UFC (2008)

"BRASÍLIA - Irritada com a versão de Hollywood para a guerra entre gregos e persas no filme '300 de Esparta', a Embaixada do Irã em Brasília divulgou uma nota nesta quarta-feira na qual acusa o filme, que tem no elenco o brasileiro Rodrigo Santoro fazendo o papel do rei persa Xerxes, de 'promover o conflito entre as civilizações'". (Jornal "O Globo" 04/04/2007)
Com base no texto acima e em seus conhecimentos, responda as questões que seguem.

a) Qual a ligação histórica entre os povos iraniano e persa?

b) Como ficaram conhecidas as guerras entre gregos e persas na Antigüidade?

c) Qual a motivação principal das guerras mencionadas no item anterior?

d) Cite dois motivos do conflito diplomático entre Irã e EUA nos dias de hoje.

UFLA (2008)

Em um rap contra o terrorismo, um "George Bush" virtual assume que o que faz, na luta contra o terror, é correto e que ele próprio irá esmagar os insurgentes. Num trecho da música, "Bush" afirma: "Veja só o Iraque. Já disse que os libertei? Vocês todos podem me agradecer por isso."

Marque a alternativa CORRETA sobre a alusão que a letra da música faz ao momento político vivenciado pelo Iraque.

a) Ao fim do regime do Taleban, que, a partir da intolerância religiosa, governava todos os países do Oriente Médio.

b) Ao conflito da Caxemira, devido às disputas pelo controle do petróleo nessa região iraquiana.

c) À derrubada de Sadan Hussein após a invasão das forças americanas, sem a permissão da ONU.

d) À invasão da Península do Sinai pelo Iraque, que passou a controlar as armas químicas e biológicas produzidas a partir de então.

UECE (2008)

A invasão do Kwait por tropas do Iraque, iniciada em 02 de Agosto de 1990, deu início à Guerra do Golfo. Sobre esse conflito militar são feitas as seguintes afirmações:

I. Sem a sanção da ONU, o conflito teve uma longa duração. Não foram utilizados armamentos ou técnicas avançadas de guerra. Os Estados Unidos não se preocuparam em empregar armas sofisticadas e avançadas tecnologicamente.

II. Ficou conhecida como "a guerra pós-moderna" devido a utilização de sofisticados equipamentos eletrônicos, bombas guiadas a laser e mísseis teleguiados. Se constituiu em uma intervenção militar eficaz e rápida.

III. Foi travada por uma coalização internacional liderada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e países do Oriente Médio, como Arábia Saudita e o Egito, contra o Iraque. Obteve a sanção da ONU.


Assinale o correto.

a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.

b) Apenas as afirmações I e III são falsas.

c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.

d) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.

PUC-MG (2008)

Leia atentamente o texto a seguir, de Moacyr Scliar.
"Israel representa uma mudança transcendente na multimilenar trajetória dos judeus. O Holocausto as revelações sobre o massacre de judeus deram dramática legitimidade ao movimento sionista e reivindicação de um território. A fundação de Israel deveria ser decidida pela recém-criada Organização das Nações Unidas. EUA e URSS apoiavam a partilha da Palestina e a criação de dois Estados um árabe, outro judeu.
Com as superpotências coincidindo em seus pontos de vista, não foi difícil para a Assembléia Geral da ONU aprovar, em novembro de 1947, a divisão da Terra Santa. O projeto foi rejeitado pelos representantes dos países árabes. Mas os judeus, liderados por David Ben-Gurion, levaram a proposta adiante. Quase seis meses depois, 14 de maio de 1948, proclamaram a independência. Imediatamente estourou o conflito bélico, vencido pelos israelenses. Outros conflitos vieram, notadamente a Guerra dos Seis Dias. Israel consolidou-se como potência militar. Desde então, travase uma luta amarga e desumana entre israelenses palestinos, que, ao longo dessas décadas, acabaram por forjar uma identidade nacional."
A partilha da Palestina está completando 60 anos. Tendo em vista a partilha e seus impactos, a base para a criação do Estado de Israel foi assentada:

a) na existência de um Estado judaico sob aprovação dos países árabes.

b) na legitimação pela força comprovada pela seqüência de conflitos e guerras.

c) na possibilidade da existência de uma maioria judaica num território.

d) na ideologia sionista, que defendia a entrada dos judeus na Palestina sob domínio inglês.

UNESP (2008)

A crise que envolveu a nacionalização do canal de Suez pelo Egito conjugou questões políticas, econômicas e militares numa escala internacional. O coronel Gamal Abdel Nasser, governante egípcio, anunciou a nacionalização em julho de 1956, provocando ataques militares contra o Egito por Israel, Grã-Bretanha e França. Que condições históricas internacionais dos anos 50 permitiram a nacionalização do canal de Suez e o fracasso dos movimentos armados contra o Egito?

a) Os Estados Unidos da América iniciavam em 1956 sua escalada militar no Vietnã e o bloco comunista estava cindido pela crescente aproximação da China à política internacional das nações capitalistas.

b) Os países árabes ameaçavam suspender o fornecimento de petróleo para os Estados Unidos, caso as hostilidades militares não cessassem, e o movimento operário inglês era favorável à expansão do islamismo.

c) O desenlace da crise foi condicionado pela divisão internacional de forças entre as potências durante a guerra fria e pela expansão do nacionalismo nas regiões do Oriente Médio e do Norte da África.

d) O canal de Suez era pouco importante para a economia do capitalismo europeu e o governo egípcio era uma barreira à expansão do islamismo no Oriente Médio.

e) A Grã-Bretanha e a França, recém-saídas da segunda Guerra Mundial, estavam militarmente enfraquecidas e o Estado de Israel conseguiu estabelecer relações políticas pacíficas com os aliados árabes do Egito.

FUVEST 2a. Fase (2009)

Criado em 1948, o Estado de Israel acaba de completar 60 anos. Discorra sobre:

a) o contexto histórico internacional que levou à criação desse Estado;

b) as razões históricas dos conflitos entre israelenses e palestinos, que persistem até hoje.

Mackenzie (2009)

"Em nenhum outro lugar, o passado reverbera no presente de maneira tão profunda." (Revista "Superinteressante", referindo-se à cidade de Jerusalém, 02/2008)
I. Jerusalém, berço do Judaísmo, é considerada pelos judeus a capital eterna e indivisível do Estado de Israel. 

II. Na Guerra dos 6 Dias (1967), entre Israel e a Liga Árabe, Israel conquistou Jerusalém Oriental, que estava sob domínio da Jordânia desde a Guerra de independência de Israel, entre 1948/1949.

III. No início da década de 1990, apesar da assinatura do Acordo de Oslo entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat, a disputa pelo controle de Jerusalém não foi solucionada, tornando-se um obstáculo para a paz na região.

Considerando I, II e III anterior, o texto da Revista se reforça pelo que se afirma:

a) em I e em II, somente.

b) em II e em III, somente.

c) em I e em III, somente.

d) em I, somente.

e) em I, em II e em III.

PUC-Rio (2008)

O Estado de Israel, que completou 60 anos em maio deste ano, teve suas fronteiras definidas a partir de várias guerras com países vizinhos. A esse respeito, avalie as afirmativas a seguir:

I - O plano de Partilha da ONU (Resolução 181) de 1947 previa a retirada das tropas do Império russo, a criação de um Estado judaico e de um Estado independente árabe-palestino na região da Palestina.

II - Os árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina aprovado pela Assembléia Geral das Nações Unidas e atacaram o recém-formado Estado de Israel em 1948: era o começo dos conflitos árabe-israelenses e do dilema dos refugiados palestinos.

III - A vitória israelense na Guerra dos Seis Dias (1967) permitiu a ocupação de quase toda a Palestina, isto é, do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de Jerusalém e o do Iraque.

IV - A partir de 1987, a população civil palestina começou a série de levantes (Intifada) contra a ocupação israelense usando paus, pedras e atentados.


Assinale a alternativa CORRETA.

a) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

b) Somente as afirmativas I e II estão corretas.

c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.

d) Somente as afirmativas II e III estão corretas.

e) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.

UFRJ (2009)

Desde a retirada das tropas norte-americanas do Vietnã (1975), o prestígio da liderança dos Estados Unidos sofreu sensíveis abalos. O mapa a seguir apresenta alguns conflitos regionais que questionaram a liderança americana na passagem da década de 1970 para a seguinte.


Explique de que maneira um dos conflitos referidos no mapa contribuiu para o reordenamento do poder político no Oriente Médio ou na Ásia Central.

19 de março de 2012

UFSCar (2006)

Observe a figura.


Neste cartaz do século XIX está escrito: oito horas de trabalho, oito horas de lazer e oito horas de repouso.

a) Qual o contexto histórico que produziu essa frase?

b) Relacione o conteúdo da frase com a situação atual dos trabalhadores brasileiros.

FUVEST (2006)

Há consenso, entre os estudiosos, de que o período, compreendido entre os últimos anos da década de 1940 e os primeiros da década de 1970 foi, para a economia capitalista, sobretudo para a dos países mais avançados, uma verdadeira "era de ouro".

Caracterize essa fase do capitalismo em termos

a) do chamado Estado de Bem-Estar ("Welfare State").

b) da chamada Guerra Fria.

FUVEST (2006)

De uma publicação francesa, em 1787: "Quais são as fontes da força econômica da Inglaterra? - o comércio marítimo e a agricultura; a agricultura, sobretudo, é lá mais conhecida do que em qualquer outra parte, e, geralmente, praticada segundo princípios diferentes".

Podemos deduzir que os "princípios diferentes" aos quais a frase se refere são os do

a) feudalismo.

b) capitalismo.

c) mercantilismo.

d) cooperativismo. 

e) escravismo.

UNESP (2006)

"(...) a ampliação do comércio foi acompanhada de um retardamento drástico do progresso econômico real. Entre 1960 e 1980, a renda per capita média mundial subiu ainda em 83%. Nas duas décadas seguintes, a taxa de aumento desceu exatamente para 33%. Esse freio no crescimento atingiu os países em desenvolvimento de modo particularmente duro. Na América Latina, onde a renda per capita cresceu 75% de 1960 a 1980, os vinte anos seguintes trouxeram nada mais que 6%". (Christiane Grefe. "Attac: o que querem os críticos da globalização", 2005.)
O texto apresenta um quadro da situação econômica mundial contemporânea. Entre os fatores capazes de explicar os dados referentes aos últimos vinte anos, destacam-se

a) o afluxo e a súbita retirada do capital financeiro, que determinam o ritmo do crescimento econômico de países em desenvolvimento.

b) a retração das trocas econômicas e a falta de dinheiro líquido e de capital nos mercados dos países capitalistas centrais.

c) a nacionalização de empresas estrangeiras e a ampliação da legislação trabalhista nos países em desenvolvimento.

d) a emergência de regimes anticapitalistas na América Latina e a suspensão do pagamento de suas dívidas para com os credores.

e) a intervenção estatal na esfera econômica e a redução internacional dos conflitos, o que provocou a queda na produção de armamentos.

UFG (2006)


Observe as imagens a seguir:

Explique, comparando as duas imagens, duas transformações socioculturais que expressam o desenvolvimento do capitalismo no século XX.

UEL (2006)

"[...] o principal privilégio do capitalismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de escolha - um privilégio que tem a ver simultaneamente com sua posição social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de empréstimo, com sua rede de informações e, em igual medida, com os vínculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrência, cria uma série de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: é o segredo de sua vitalidade. [...] Quando há grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se".(BRAUDEL, Fernand. "Civilização material, economia e capitalismo séculos XV-XVIII". v. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. A concorrência encontra na rede de informações seu principal obstáculo e diminui a vitalidade do capitalismo.

II. O privilégio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em tempos de crise.

III. As capacidades de empréstimo e as redes de informações do capitalismo dificultam sua recuperação após períodos de crise.

IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma série de regras e cumplicidades.


Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

UFPE (2006)

Responda V (verdadeiro) ou F (falso):

O desenvolvimento do capitalismo atingiu um momento de grande mudança na produção de mercadorias durante o século XX. Houve descobertas científicas importantes que modificaram comportamentos e hábitos de vida. Ao mesmo tempo, transformações ocorridas na indústria cultural:

(      ) influenciaram a arte, que sofreu alterações nas suas concepções estéticas, as quais foram importantes para a venda de seus produtos no mercado internacional.

(      ) não influenciaram a venda de produtos de artes considerados regionais, que continuaram a ser consumidos apenas localmente.

(      ) tiveram repercussão nas cidades mais desenvolvidas da Europa Ocidental, deixando o mercado da arte sul-americana totalmente marginalizado.

(      ) agilizaram as trocas comerciais no mundo da arte, trazendo novidades para a produção dos artistas contemporâneos.

(      ) foram insignificantes para o mercado internacional, ficando restritas ao mercado de venda de quadros dos pintores modernistas.

UFPel (2006)

"O francês P. Leroy-Beaulieu, professor do College de France, escreveu em 1891:'(...) a fundação de colônias é o melhor negócio no qual se possa aplicar os capitais de um velho e rico país, disse o filósofo inglês John Stuart Mill. (...) A colonização é a força expansiva de um povo, é seu poder de reprodução, (...) é a submissão do universo ou de uma vasta parte (...) a um povo que lança os alicerces de sua grandeza no futuro, e de sua supremacia no futuro. (...) Não é natural, nem justo, que os países civilizados ocidentais se amontoem indefinidamente e se asfixiem nos espaços restritos que foram suas primeiras moradas, que neles acumulem as maravilhas das ciências, das artes, da civilização, que eles vejam, por falta de aplicações remuneradas, os ganhos dos capitais em seus países, e que deixem talvez a metade do mundo a pequenos grupos de ignorantes, impotentes, verdadeiras crianças débeis, dispersas em superfícies incomensuráveis'."
(SCHMIDT, Mário Furley. "Nova história crítica". São Paulo: Nova Geração, 1999.)

O texto caracteriza a ideologia e a prática do

a) mercantilismo, durante a expansão marítima na Revolução Comercial.

b) iluminismo da burguesia financeira, durante a Expansão Marítima.

c) imperialismo europeu, na Idade Moderna, quando da partilha da América, da África e da Ásia.

d) capitalismo industrial, originário da Europa, nos séculos XVI e XVII, as quais legitimaram o escravismo colonial.

e) etnocentrismo da burguesia industrial na fase do capitalismo imperialista.

UEL (2007)

"A uma Era de Catástrofe, que se estendeu de 1914 até depois da Segunda Guerra Mundial, seguiram-se cerca de 25 ou 30 anos de extraordinário crescimento econômico e transformação social, anos que provavelmente mudaram de maneira mais profunda a sociedade humana que qualquer outro período de brevidade comparável. Retrospectivamente, podemos ver esse período como uma espécie de Era de Ouro, e assim ele foi visto quase imediatamente depois que acabou, no início da década de 1970. A última parte do século foi uma nova era de decomposição, incerteza e crise - e, com efeito, para grandes áreas do mundo, como a África, a ex-URSS e as partes anteriormente socialistas da Europa, de catástrofe."
(HOBSBAWN, E. "A era dos extremos". Tradução de Marcos Santarrita, São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.15.)

Com base no texto é correto afirmar que:

a) Os trinta anos de intenso crescimento econômico e transformação social, denominado pelo autor do texto de Era de Ouro, justificam-se pelo processo histórico de grande extração de riquezas minerais: ouro, prata e cobre, principalmente da América Latina.

b) A Era de Catástrofe representou para a sociedade humana o momento dos grandes problemas advindos da avançada tecnologia do início do século: o afundamento do Titanic, o incêndio do dirigível de Hindenburg e as epidemias que atingiram a saúde pública.

c) O intenso crescimento econômico, verificado anteriormente à Segunda Guerra, é fruto de um processo histórico dos grandes impérios mundiais que, estabelecendo o liberalismo e a social democracia, estendeu os seus avanços e direitos ao restante do mundo.

d) Os impérios coloniais, que se conflagraram mundialmente, utilizaram-se reciprocamente da URSS, grande potência científica e militar, no intuito geopolítico de desestruturar as nações africanas independentes, provocando, desta forma, a grande catástrofe na África.

e) Os últimos anos do século passado apresentaram um processo de estilhaçamento e desestruturação da ordem vigente devido à crise na economia e aos problemas de representação política dos países da Cortina de Ferro e do continente africano.

UFPR (2007)

"Produção e consumo - e necessidades humanas - tornam-se cada vez mais internacionais e cosmopolitas. O âmbito dos desejos e reivindicações humanas se amplia muito além da capacidade das indústrias locais, que então entram em colapso. A escala de comunicações se torna mundial, o que faz emergir uma 'mass media' tecnologicamente sofisticada. O capital se concentra cada vez mais nas mãos de poucos. Camponeses e artesãos independentes não podem competir com a produção de massa capitalista e são forçados a abandonar suas terras e fechar seus estabelecimentos. A produção se centraliza de maneira progressiva e se racionaliza em fábricas altamente automatizadas."
(BERMAN, Marshall. "Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade". São Paulo: Companhia das Letras, 1986, p. 89-90.)
O texto introduz alguns elementos do processo de modernização que originou a produção de mercadorias centrada na lógica capitalista. Sobre o tema, considere as afirmativas a seguir:

1. A implantação do sistema fabril capitalista transformou substancialmente os padrões de consumo, criando mercadorias fabricadas em um ritmo frenético e impondo novas necessidades aos consumidores.

2. Uma característica marcante da modernização foi a consolidação da indústria local, já que a sua proximidade com as comunidades credenciaram-na a atender os anseios dessa população regional.

3. A modernização capitalista favoreceu a percepção de uma diminuição dos espaços geográficos, na medida em que o desenvolvimento das tecnologias de comunicação encurtou as distâncias entre as pessoas.

4. A centralização da produção em estabelecimentos altamente automatizados fortaleceu o sistema doméstico de fabricação de mercadorias baseado na atividade artesanal.


Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.

b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

c) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

UERJ (2007)


Por volta de 1860/70, a economia capitalista ganha ritmo acelerado, contribuindo para a superação do chamado capitalismo livre-concorrencial. Apesar do progresso, as grandes cidades européias não estavam isentas de sérios problemas sociais. As cités (vilas), amontoados de barracos, eram as únicas moradias acessíveis para muitos trabalhadores parisienses. Essa situação influiu no significativo aumento da imigração européia.

Aponte um elemento característico das transformações verificadas nas economias capitalistas durante a segunda metade do século XIX e explique como esse processo influenciou o aumento da imigração européia para a América em finais desse século.

UFG (2007)

Observe a imagem e o texto a seguir.


"'Tempos modernos', filme de 1936, cuja temática ultrapassa a tragédia da existência individual e coloca em cena o conflito entre o homem e o taylorismo." (BODY-GENDROT, Sophie. Uma vida privada francesa segundo o modelo americano. In: DUBY, Georges; ARIES, Philippe. "História da vida privada". V.3, p. 535. [Adaptado].)  

Considerando a imagem e o fragmento,

a) indique duas características do taylorismo;

b) explique o novo tipo de conflito sugerido no texto.

UNIFESP (2007)

O capitalismo, no século XX, passou por duas situações - uma na década de 1930, a outra, na década de 1990 - opostas entre si e que se expressaram pelas contrastantes políticas econômicas adotadas visando assegurá-lo. Explique por que:

a) nos anos trinta, o capitalismo viveu acuado e os capitalistas receptivos à idéia de que fora do Estado não há salvação.

b) nos anos noventa, viveu triunfante e bradando que fora do mercado não há salvação.

UNESP (2007)

Os Tratados com a Bolívia

A Bolívia é uma espécie de Estado de Minas da América do Sul; não tem comunicação com o mar. Quando a Standard Oil abriu lá os poços de petróleo de Santa Cruz de la Sierra, na direção de Corumbá de Mato Grosso, a desvantagem da situação interna da Bolívia tornou-se patente. Estava com petróleo, muito petróleo, mas não tinha porto por onde exportá-lo. Ocorreu então um fato que parece coisa de romance policial.
Os poços de petróleo da Standard trabalhavam sem cessar mas o petróleo que passava pelas portas aduaneiras bolivianas e pagava a taxa estabelecida no contrato de concessão era pouco. O boliviano desconfiou. "Aqueles poços não cessam de jorrar e o petróleo que paga taxa é tão escasso... Neste pau tem mel."
E tinha. A espionagem boliviana acabou descobrindo o truque: havia um oleoduto secreto que subterraneamente passava por baixo das fronteiras e ia emergir na Argentina. A maior parte do petróleo boliviano escapava à taxação do governo e entrava livre no país vizinho. Um negócio maravilhoso.
Ao descobrir a marosca, a Bolívia fez um barulho infernal e cassou todas as concessões de petróleo dadas à Standard Oil. Vitórias momentâneas sobre a Standard quantas a história não registra! Vitórias momentâneas. Meses depois um coronel ou general encabeça um pronunciamento político, derruba o governo e toma o poder. O primeiro ato do novo governo está claro que foi restaurar as concessões da Standard Oil cassadas pelo governo caído...
Mas como resolver o problema da saída daquele petróleo fechado? De todas as soluções estudadas a melhor consistia no seguinte: forçar o Brasil por meio dum tratado a ser o comprador do petróleo boliviano; esse petróleo iria de Santa Cruz a Corumbá por uma estrada de ferro a construir-se e de Corumbá seguiria pela Estrada de Ferro Noroeste. Isto, provisoriamente. Mais tarde se construiria um oleoduto de La Sierra a Santos, Paranaguá ou outro porto brasileiro do Atlântico. Desse modo o petróleo boliviano abasteceria as necessidades do Brasil e também seria exportado por um porto do Brasil.
Ótima a combinação, mas para que não viesse a falhar era indispensável que o Brasil não tirasse petróleo. Eis o segredo de tudo. A hostilidade oficial contra o petróleo brasileiro vem de grande número de elementos oficiais fazerem parte do grande grupo americano, boliviano e brasileiro que propugna essa solução - maravilhosa para a Bolívia, desastrosíssima para nós.
Os tratados que sobre a matéria o Brasil assinou com a Bolívia não foram comentados pelos jornais dos tempos; era assunto petróleo e a Censura não admitia nenhuma referência a petróleo nos jornais. A 25 de janeiro de 1938 foi assinado o tratado entre o Brasil e a Bolívia no qual se estabelecia o orçamento para a realização de estudos e trabalhos de petróleo no total de 1.500.000 dólares, dos quais o Brasil entrava com a metade, 750 mil dólares, hoje 15 milhões de cruzeiros. O Brasil entrava com esse dinheiro para estudos de petróleo na Bolívia, o mesmo Brasil oficial que levou sete anos para fornecer a Oscar Cordeiro uma sondinha de 500 metros...
Um mês depois, a 25 de fevereiro de 1938, novo tratado entre os dois países, com estipulações para a construção duma estrada de ferro Corumbá a Santa Cruz de la Sierra; a benefício dessas obras em território boliviano o Brasil entrava com um milhão de libras ouro...
O representante do Brasil para a formulação e execução dos dois tratados tem sido o Sr. Fleury da Rocha.
Chega. Não quero nunca mais tocar neste assunto do petróleo. Amargurou-me doze anos de vida, levou-me à cadeia - mas isso não foi o pior. O pior foi a incoercível sensação de repugnância que desde então passei a sentir sempre que leio ou ouço a expressão Governo Brasileiro...
(José Bento Monteiro Lobato. "Obras completas" - volume 7. São Paulo: Editora Brasiliense, 1951, p. 225-227.)
O texto descreve uma situação histórica em que imposições de grandes empresas capitalistas internacionais preponderam sobre interesses econômicos de algumas nações. O que diferencia este tipo de exploração, mais contemporâneo, da dominação imperialista instituída nos séculos XIX e XX na África e na Ásia?

6 de março de 2012

UEL (2008)

Partindo dos princípios da lei da mais-valia absoluta e relativa em Marx, um industrial, para aumentar seus lucros deve

a) investir em novas tecnologias e diminuir a jornada de trabalho dos empregados, intensificando o ritmo e diminuindo a quantidade de horas de produção, com aumento de salários.

b) ampliar a jornada de trabalho dos empregados, intensificando o ritmo e aumentando a quantidade de horas de produção, com aumento de salários.

c) investir em novas tecnologias, diminuindo o ritmo e a quantidade de horas de produção, sem aumento de salários, pois as novas tecnologias são suficientes para aumentar os lucros.

d) aumentar o tempo das horas extras do empregados, com aumento de salários, estimulando a melhoria do ritmo e da intensidade da produção sem introdução de novas tecnologias.

e) investir em novas tecnologias e ampliar a jornada de trabalho dos empregados, intensificando o ritmo e aumentando a quantidade de horas de produção, sem aumento de salários.

UFPE (2008)

A história do trabalho e das relações é importante para se compreender a organização da sociedade na produção das riquezas. Na sociedade capitalista atual, podemos verificar:

a) o predomínio do trabalho assalariado, na sua diversidade e a valorização da mão-de-obra especializada, com boa formação técnica.

b) a ausência de qualquer forma de trabalho escravo, apesar das desigualdades existentes e das injustiças sociais tão comuns.

c) a competição entre os trabalhadores das indústrias e a ausência de maior competição no setor de serviços.

d) o aumento das lutas sociais entre as classes, com o fortalecimento dos sindicatos mais tradicionais nas reinvindicações trabalhistas.

e) o fim do trabalho manual nas sociedades mais desenvolvidas, prevalecendo apenas o trabalho intelectual como atividade fundamental.

FUVEST 1a. Fase (2008)

"O livre-comércio é um bem - como a virtude, a santidade e a retidão - a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males - como o vício e o crime - a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
("The Economist", em 1848.) 
Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses

a) do comércio internacional, mas não do inglês.

b) da agricultura inglesa e da estrangeira.

c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.

d) da agricultura e da indústria estrangeiras.

e) dos produtores de todos os países.

UNESP (2008)

"Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia (...) afogou os fervores sagrados do êxtase religioso (...) nas águas geladas do cálculo egoísta. (...) Impelida pela necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo (...) Em lugar do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolvem- se um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações."
(Marx e Engels. Manifesto de 1848.)

"Lakshmi Mittal, presidente de origem indiana da Mittal Steel, a maior siderúrgica do mundo, provocou um terremoto na Argélia. A empresa argelina (...) rompeu no início do mês um dos tabus mais enraizados na Argélia, o chamado popularmente fim-de-semana islâmico, que inclui a quinta e a sexta-feira. (...) Para as empresas e os órgãos argelinos que mantêm relações com o estrangeiro, a defasagem entre um fim-de-semana [o islâmico] e outro [o universal, no sábado e domingo] 'é uma tremenda complicação'. Eles só têm três dias úteis por semana (segundas, terças e quartas) para trabalhar com o resto do mundo..."
("El País", 19.06.2007.)
Escritos em épocas distintas e tendo naturezas distintas, os textos não deixam de manifestar algumas semelhanças de conteúdo. Compare-os e indique essas semelhanças.

UNIFESP (2008)

Desde a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no último quartel do século XVIII, o capitalismo passou ao longo dos séculos XIX e XX por grandes transformações no seu funcionamento. Indique

a) uma dessas grandes transformações.

b) os motivos que levaram a essa transformação ou ao seu esgotamento.

UEPG (2008)

A economia capitalista apresentou diversos saltos tecnológicos, chamados de revoluções industriais, que se manifestaram no aparecimento da fábrica moderna, vinculada à utilização industrial da energia a vapor e à mecanização. Sobre este tema, assinale o que for correto.

(01) Em geral associados à segunda revolução industrial, desenvolveram-se o taylorismo e o fordismo, com um rígido controle do ritmo de trabalho nas empresas, que se tornam cada vez mais especializadas.

(02) Em virtude de sua expansão imperialista, a França foi o núcleo da primeira revolução industrial, deflagrada pelo investimento dos recursos obtidos com a exploração colonial.

(04) Através da organização operária, o anarquismo defendia uma ampla legislação social, assegurada pelo Estado.

(08) O aprofundamento da industrialização trouxe consigo as reivindicações do movimento operário por melhores salários e melhores condições de trabalho.

(16) Capital, recursos naturais e mercado são aspectos essenciais da produção capitalista. Existe, porém, um quarto requisito, sem o qual essa produção não teria condições de existir: o controle sobre o trabalho.


SOMA (_____)

PUC-MG (2009)

O avanço do capitalismo em toda a América Latina a partir do início do século XIX até a I Guerra Mundial provocou uma série de mudanças no comportamento político e nas estruturas econômicas e sociais das jovens nações. São exemplos dessas mudanças, EXCETO:

a) Um aumento do quadro demográfico dos países, a partir da crescente expansão urbana provocada pelos surtos de industrialização.

b) Desmilitarização das instituições em atenção às demandas populares e populistas.

c) Racionalização do aparelho de Estado juntamente com aparato repressivo militar.

d) Avanço da participação ocidental europeia na condução dos padrões estéticos e culturais das sociedades locais.

PUC-MG (2009)

As mudanças do sistema capitalista a partir de 1870/1880, nas sociedades mais industrializadas, tiveram como característica principal:

a) Fortalecimento da democracia como regime mais racional na condução dos povos civilizados.

b) Fortalecimento das práticas de livre-cambismo devido à concorrência perfeita desenvolvida no capitalismo da época.

c) Aumento da concentração e da centralização do capital monopolista dentro da lógica do imperialismo.

d) Aparecimento de uma nova esquerda, fundadora de uma ética mais humanista e voltada para os interesses populares.

UDESC (2006)

Os EUA sempre foram tomados, ao lado da Inglaterra, como um dos principais representantes e difusores das idéias neoliberais. Porém as medidas emergenciais tomadas pelo governo dos EUA para conter a grave crise financeira que atinge sua economia de certa forma colocam em xeque justamente as idéias que sustentam o neoliberalismo; estima-se que o socorro governamental poderá se configurar como a maior intervenção do Estado norte-americano no setor financeiro ao longo da história.

Por que as medidas tomadas pelo governo dos EUA colocariam em "xeque as idéias que sustentam o neoliberalismo"?

UNICAMP (2006)

"A legitimidade dos reis lusitanos se confundia com o bem comum desde o século XIV, quando vingou o princípio de que os reis não são proprietários de seus reinos, mas sim seus defensores, acrescentadores e administradores. O Novo Mundo parecia assistir à erosão do bem comum. A distância que separava a América portuguesa da sede do reino tornou a colônia um lugar de desproteção. A lonjura em relação ao 'bafo do rei' facilitava a usurpação de direitos dos súditos pelas autoridades consideradas venais e despóticas."
(Adaptado de Luciano Figueiredo, "Narrativas das rebeliões linguagem política e idéias radicais na América portuguesa moderna". "Revista USP", 57. São Paulo: USP, mar-mai, 2003, p. 10-11.)
a) Segundo o texto, que mudança se observa no século XIV com relação à legitimidade do rei lusitano? Por que essa legitimidade esteve ameaçada na América portuguesa?

b) Na América portuguesa, houve várias revoltas de colonos. Cite uma delas e o que os revoltosos defendiam?

UFAL (2006)

Analise as características das duas arquiteturas. 


a) Ao considerar a tradicional divisão da História, identifique o período histórico em que foram construídas as duas arquiteturas.

b) Identifique o estilo arquitetônico das arquiteturas I e II, respectivamente.

c) A arquitetura II foi considerada o resultado das tensões de uma época; era ao mesmo tempo a chegada e a partida; ela simboliza o passado e o futuro. A arquitetura II refletia quais tensões no contexto histórico em que foi construída?

UFBA (2006)

Identifique e explique DOIS ELEMENTOS MARCANTES da influência da Igreja dominante na sociedade medieval.

UFES (2006)

"Entre os séculos XI e XIII, observamos várias transformações, na economia feudal européia, que caracterizaram a assim denominada 'Revolução Agrícola' medieval. Para o desencadeamento de tal 'revolução', foi fundamental o avanço das técnicas agrárias, muitas das quais já conhecidas na Antigüidade, mas subutilizadas em função do predomínio do trabalho escravo no contexto da economia antiga. Dentre as técnicas inventadas e/ou reutilizadas nesse período, temos a rotação trienal, como se pode observar na gravura."(MOREIRA, I. "O espaço geográfico". São Paulo: Ática, 2004, p.74. Adaptado.)
Acerca da rotação trienal ou sistema de três campos, É INCORRETO afirmar que:

a) representava, no contexto medieval, um avanço sobre o sistema precedente (rotação bienal), por facilitar a variação das culturas, com o plantio de cereais e/ou leguminosas alternados.

b) continua, atualmente, em uso na Europa, principalmente na produção de cereais voltada para a comercialização, com destaque para a cultura do trigo.

c) contribuiu, na Idade Média, para o incremento do excedente populacional, o que propiciou, em conjunto com outros fatores, o êxodo urbano característico dos séculos XIV e XV.

d) pode contribuir, quando utilizada corretamente, para a recuperação e conservação dos solos, além de propiciar uma maior produtividade às culturas de cereais e leguminosas.

e) permitiu um aproveitamento mais eficiente do trabalho humano nos domínios feudais, contribuindo para a formação dos Grandes Arroteamentos.

UFPB (2006)

Nos séculos XIV e XV, após um longo período de crescimento e expansão, a Ordem Feudal do Ocidente europeu vivenciou uma longa e profunda crise que culminou no advento dos "Tempos Modernos".
Nesse sentido, NÃO constitui um acontecimento histórico relacionado à crise:

a) A Peste Negra

b) A Guerra dos Trinta Anos

c) As revoltas comunais

d) A Guerra dos Cem Anos

e) As "Jacqueries"

UFPR (2006)

"A vida era tão violenta e tão variada que consentia a mistura do cheiro de sangue com o de rosas. Os homens dessa época oscilavam sempre entre o medo do Inferno e do Céu e a mais ingênua satisfação, entre a crueldade e a ternura, entre o ascetismo áspero e o insensato apego às delícias do mundo, entre o ódio e a bondade, indo sempre de um extremo ao outro."(HUIZINGA, Johan. "O declínio da Idade Média". Lisboa: Editora Ulisseia, s.d., p. 26.)
O texto remete ao período de transição do feudalismo para a Modernidade, tanto no que se refere às mentalidades quanto às visões de mundo. Discorra sobre as características da Modernidade decorrente dessa transição.

UNESP (2007)

"Em cada letra da página divina [a Bíblia] há tantas verdades sobre as virtudes, tantos tesouros de sabedoria acumulados, que apenas aquele a quem Deus concedeu o dom do saber [dela] pode usufruir plenamente. Poderiam estas "pérolas" ser distribuídas aos "porcos" e a palavra a ignorantes incapazes de recebê-la e, sobretudo, de propagar aquilo que receberam?"
(Texto escrito pelo inglês Gautier Map, por volta de 1181.)
Comparando o conteúdo do texto com a história do cristianismo, conclui-se que o autor

a) interditava aos pecadores a leitura da Bíblia, reservando-a à interpretação coletiva nos mosteiros medievais.

b) considerava aptos para interpretarem individualmente a Bíblia todos os fiéis que participassem do culto católico.

c) postulava a exigência de comunicação direta do fiel com Deus, independentemente da leitura dos textos sagrados.

d) referia-se a um dogma da Igreja medieval abolido pela reforma católica promovida pelo Concílio de Trento.

e) opunha-se a um princípio defendido por heresias medievais e que foi retomado pelas reformas protestantes.

ENEM (2006)

"Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem sepultura."(J. F. Michaud. "História das cruzadas". São Paulo: Editora das Américas, 1956 / com adaptações.) 
"Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso; seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas."*franj = cruzados.
(Amin Maalouf. "As Cruzadas vistas pelos árabes". 2a. ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 / com adaptações.) 
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das Cruzadas.

I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no período medieval -, mas apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período histórico.

II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante a Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários.

III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na idéia do respeito e da tolerância cultural e religiosa.


É correto apenas o que se afirma em

a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.